Polícia

Pedreiro invade casa, joga combustível na ex, ateia fogo e ela morre

Ataque aconteceu em Dourados e a mulher ainda chegou a ser socorrida, mas morreu

1 AGO 2023 • POR Redação/PL • 07h36
Arte: Reprodução

Valéria Carrilho da Silva, de 35 anos, morreu na noite deste domingo (30) em Dourados em decorrência de queimaduras provocadas por um ataque que sofrera horas antes de seu ex-marido. O criminoso, Gilmar Alves, de 42 anos, foi preso. Com mais este caso, já são 17 feminicídios  registrados desde o começo do ano em Mato Grosso do Sul. 

Conforme informações da polícia, Valéria foi atacada dentro de casa pelo ex-companheiro na madrugada deste domingo. A polícia acredita que ele tenha jogado algum combustível na ex-mulher, em uma motocicleta e em alguns cômodos da casa e depois ateado fogo. 

Ela chegou a ser socorrida e levada ao Hospital da Vida, mas por causa da gravidade dos ferimentos acabou morrendo pouco mais de doze horas depois do ataque. 

Valéria sofreu queimaduras no pescoço, mãos, tórax, orelhas, rosto, olhos, boca, cabelo, testa e diversas queimaduras na altura do umbigo para cima, indicando que o assassino jogou combustível no rosto da ex-companheira e ateou fogo na sequência. 

O atentado aconteceu na rua Garrincha, no Jardim Esplanada, e horas depois Gilmar foi preso em um imóvel em construção na região central de Dourados, onde trabalhava como pedreiro. 

Ao tomar conhecimento de que a mulher havia sido socorrida com vida, prometeu matá-la assim que saísse da prisão, conforme relataram policiais que o capturaram. “Não tem nada que vocês falem que faz mudar, ela vai morrer", teria afirmado.

Valéria já havia registrado Boletim de Ocorrência contra Gilmar em dezembro do ano passado. Conforme a denúncia, mesmo estando separados, ele invadiu a casa, agrediu e ameaçou de morte a ex-mulher, que estava com o filho de menos de um ano no colo. 

Este foi o 17º feminicídio do ano em Mato Grosso do Sul, conforme dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública. Em 2022 o Estado registrou 42 mortes do gênero e ficou em segundo lugar no ranking nacional de assassinatos de mulheres. 

Neri Kaspary/Correio do Estado