Polícia

"Em dois minutos, levaram tudo", diz funcionário de loja furtada por irmãs

Loja estima prejuízo de R$ 35 mil; polícia continua a procura de criminosas

1 AGO 2023 • POR Redação/PL • 13h23
Irmãs procuradas por furtos a lojas de shopping em Campo Grande. - Foto: Divulgação/PCMS

A ação rápida das três irmãs, que invadiram lojas de dois shoppings em Campo Grande e causaram prejuízo de R$ 211 mil, chamou a atenção de funcionários. "Em dois minutos, levaram tudo", descreve o vendedor Julio Cesar Cavalli, de 20 anos, ao falar sobre as imagens das câmeras de segurança.

Juma Yara de Souza Silva, Maria Aparecida de Souza Silva e Maria Eduarda de Souza Silva seriam de São Paulo e furtaram lojas entre os dias 16 e 17 de junho. Consideradas foragidas, elas são procuradas pela Polícia Civil e já têm passagens por diversas cidades do Brasil. Elas esperam as lojas fecharem e cometem os furtos.

Foi assim na loja de importados que funciona no Shopping Norte Sul Plaza, na Capital. Ao Campo Grande News, Júlio conta que era um sábado a noite quando viu as irmãs no local. "A gente fechou a loja, era 22h13 e percebemos que tinha três mulheres naquele banco", aponta.

Quando os funcionários abaixaram a porta da loja, as mulheres codificaram o sinal do alarme. "A gente saiu para esperar o Uber lá fora, uma foi atrás da gente e duas ficaram por aqui. Acompanhou para cuidar", detalha.

Na sequência, pelas imagens das câmeras, uma das irmãs entra na loja. "Abriu a porta bem baixo, entrou uma e fechou de novo, enquanto as outras duas cuidavam. Ela entrou com sacolas comuns e quando deu 22h16, já tinha furtado tudo", descreve o funcionário.

O furto só foi constatado na tarde do dia seguinte, pois a loja abre 12h aos domingos. "Fui abrir a gaveta para vender a uma cliente e não encontrei nada. Achei que tinha mudado de lugar e então liguei para o meu chefe. Ele olhou as câmeras e viu elas entrando", conta. Foram levados 21 aparelhos do local, cerca de R$ 35 mil de prejuízo.

Na sequência, elas entram em um táxi e seguem até o apartamento que alugaram. "Elas estudaram muito para saber onde iam passar", acredita Julio.

Entenda - O modus operandi é sempre o mesmo: as irmãs esperam o fechamento da loja alvo, se aproximam do local enquanto funcionário usa controle remoto para fechar as portas e decodificam o sinal do equipamento. Logo após, abrem a loja novamente, fazem o furto e saem levando o que querem.

Conforme a Polícia Civil em Mato Grosso do Sul, elas já agiram este ano em Marília (SP); Paraná; Porto Alegre (RS) e Olímpia (SP). De ônibus, o trio viaja às cidades, hospeda-se por três ou quatro dias em apartamentos alugados via aplicativo e, nos primeiros dias, visita shoppings e identifica lojas que vendem produtos de alto valor e que possuem portas de fechamento por controle remoto.

Segundo a Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos), todos os passos delas foram refeitos através de câmeras de segurança. Nos boletins de ocorrência registrados, em 16 de junho, a quadrilha furtou de uma rede de óculos importados no Shopping Campo Grande, 117 óculos de diversas marcas renomadas, causando prejuízo de R$ 176 mil. Já no dia 17 de junho, foi a loja de importados no Norte Sul.

A Derf informou ainda que para enganar a segurança dos empreendimentos, elas usam roupas iguais e parecidas com uniformes de vendedoras de lojas de alto padrão. A delegacia representou pela prisão preventiva das irmãs, o que foi decretado pelo Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul.

“Agora, a Derf atua em conjunto com a Polícia Civil de São Paulo e de outros estados com vistas a cumprir os mandados de prisão expedidos em desfavor das autoras, consideradas foragidas desde 21 de julho de 2023”, enfatiza nota da delegacia.

Ressalta-se que no último sábado, dia 28/07, as integrantes da mesma organização criminosa foram flagradas pelas câmeras de segurança do Shopping Palladium, em Umuarama (PR), praticando furto a uma loja de eletrônicos com o mesmo modo de atuação, fugindo em seguida com diversos eletrônicos subtraídos.

Qualquer informação do paradeiro das três pode ser informado à polícia pelos números: (67) 3368-6600 ou Whatsapp (67) 99986-0295.

Dayene Paz e Mariely Barros/campograndenews