O empréstimo de R$ 2,37 bilhões que o Governo do Estado planeja contratar junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai garantir a execução de 900 km em obras de pavimentação e recapeamento de estradas estaduais. Nesta quarta-feira (30), o governador Eduardo Riedel (PSDB) esteve na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) e se reuniu com os 24 deputados para detalhar o plano de aplicação dos recursos. O projeto com o pedido de autorização para o Executivo contratar o financiamento já está em tramitação na ALEMS.
O pacote de investimentos prevê a pavimentação de 600 km em rodovias estaduais e mais 300 km de recapeamento. Entre as obras previstas está a pavimentação da MS-134, no trecho que fica entre a MS-040 e a BR-267, no distrito de Casa Verde, assim como a restauração da MS-276, que vai do distrito de Indápolis ao município de Deodápolis.
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro (PP), avaliou como “positivo” o pacote de investimentos anunciados, porque atende a uma necessidade premente do Estado para consolidar o grande volume de investimentos privados já contratados, boa parte em andamento. “São mais de R$ 60 bilhões em projetos que vão exigir melhorias na estrutura viária do Estado, que terá de absorver um fluxo muito maior, principalmente de carretas”, argumenta.
Segundo o governador Eduardo Riedel, o financiamento junto ao BNDES foi escolhido em função da flexibilidade nas escolhas dos projetos (investimentos). Além disso, só será possível devido ao momento de boa capacidade de pagamento do Estado, que é letra “A” na Capag (Capacidade de Pagamento), avaliação feita pelo Tesouro Nacional, com indicadores sobre o baixo endividamento, poupança corrente e índice de liquidez do Estado.
Mato Grosso do Sul vai captar recursos da linha “BNDES FINEM”, que financia projetos de investimentos públicos voltados ao aumento da capacidade produtiva e fomento a diversos setores da economia. “Esta linha tem baixo risco, com condições facilitadas, dispondo de juros reduzidos e prazo de amortização considerado maior em relação às demais instituições financeiras nacionais”, assegura Riedel.
Flávio Paes/ALEMS