Boca Pequena

CASA DA MÃE JOANA

3 JUN 2019 - 18h:12 Por Redação
Foto: Reprodução

A situação que chegou unidade hospitalar da região norte, pode muito bem ser definida pela expressão popular "Casa da Mãe Joana", que significa um lugar onde vale tudo, sem ordem, onde todos mandam, mas ninguém obedece, que predomina a confusão, a desorganização, podendo-se fazer o que bem entender, sem respeito a qualquer regra.

Em recente Auditoria, constatou-se as situações abaixo nessa instituição hospitalar: 

- Dívidas que se aproximam do valor correspondente a 10 milhões de reais, do INSS, IRPF, FGTS, fornecedores e médicos;

- Emissão de 75 cheques sem fundos, totalizando mais de 330 mil reais, correspondente aos valores entre 45,00 a 48 mil reais;

- Gasta-se mais do que arrecada; 

- Comprometimento da qualidade no atendimento do hospital, com a falta de médicos e de materiais e insumos básicos;

- Falta de controle financeiro e conciliação das contas correntes e contábeis;

- Retenção das contribuições da Previdência Social, Fundo de Garantia e Imposto de Renda dos funcionários e não repassados os valores aos respectivos órgãos;

- Falhas e descontrole quanto ao estoque de produtos e materiais no almoxarifado da instituição. Também não houve inventário de materiais permanentes;

- Pagamentos diferenciados a funcionários com as mesmas atribuições e vantagens/rubricas (gratificações, assiduidade, produtividade), que não possuem justificativas;

- Não possui nomeação dos membros do Conselho Curador e Fiscal;

- Não houve elaboração do Regimento Interno, da Estrutura Organizacional e muito menos do plano anual, plurianual e da Proposta Orçamentária;

- Controle do agendamento das consultas nas especialidades é realizado com registro manual e com controle inadequado, em cadernos avulsos do tipo capa-dura guardados de forma desorganizada;

- Não é possível identificar a origem dos usuários que foram atendidos ambulatorialmente, se residentes na sede do Hospital ou nas cidades vizinhas;

- Plano de Contas Contábil em desacordo com a legislação vigente;

-  Materiais para nutrição e alimentação de pacientes, há um controle manual redigido a lápis e caneta, em pequenos blocos de papéis e não há um sistema de informação gerencial integrado;

- Despesas com aquisição de combustível e manutenção, mas não constam no Plano de Contas o item "veículo";

- No exercício de 2017 acumulou um déficit de quase 2 milhões e 300 mil reais e no final do exercício contábil de 2018, acumulou um déficit no valor superior a 2 milhões e 800 mil reais;

- Desacordo com as normas e parâmetros da LRF - Lei de Responsabilidade Fiscal, bem como as boas práticas de gestão, cuja regra é de no máximo 60% de comprometimento das despesas com pessoal;

- A situação econômica do Hospital está insatisfatória, pois apresentou um Ativo Circulante inferior ao Passivo Circulante;

- O Hospital não consegue honrar suas dívidas de curto prazo.

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