Campo Grande MS

'Fez papel de estar sofrendo e me abraçou no velório', diz pai sobre ex de estudante encontrada morta em MS

26 ABR 2020 - 11h:58 Por Redação
Foto: Redes Sociais / Divulgação

Presente no velório da estudante de 21 anos, que estava desaparecida desde o dia 14 de abril, em Campo Grande/MS, o ex-marido dela, de 26 anos, foi preso e confessou o crime.

Conforme o pai da vítima, antes ele fez “um papel que enganou a todos da família de Maria Graziele de Souza, além dos próprios parentes dele”

“Eu estou chocado com o teatro que ele fez, de marido sofrendo. Me abraçou no velório, estava presente conosco desde que a matou, fazendo esse papel com todos nós e até a família dele. E depois de preso, lá na delegacia, ele confessou o crime e falou de ciúmes”, afirmou ao G1 o pai de Maria Graziele, o aposentado Stephan Hofmann, de 69 anos.

Segundo o pai, foram inúmeras as conversas que ele teve com a filha e o ex-marido dela

“Eles ficaram juntos por muito tempo, eram muito novos quando se conheceram e eu estava sempre acompanhando, dando conselhos. Esse é o papel de pai que existe em todas as fases da vida. E quando a minha filha não quis mais, aconteceu isso. É muito triste, lembro de todas as conversas com eles no passado", lamentou emocionado.

O aposentado, mesmo separado da mãe da jovem, disse que mantém contato diário com ela e está dando apoio no que é possível

“Soube que ela mandou uma cesta café da manhã para ele na noite anterior ao desaparecimento e depois mandou uma mensagem de parabéns, mas, ela não queria mais. Conheço a minha filha, ela é muito forte e quando decide algo, é aquilo. Ela me disse pouco antes: 'não quero ficar na dependência de homem que não me entende e não cresce comigo'. É insuportável agora viver isso”, ressaltou.

Ainda de acordo com Stephan, que faz trabalhos voluntários há décadas com crianças e adolescentes, a intenção agora é continuar ajudando as pessoas e, futuramente, ter um projeto que ajude mulheres a lutarem contra o machismo.

O suspeito foi levado para a Delegacia de Pronto Atendimento (Depac) do Centro Especializado de Polícia (Cepol)

Ele deve ser indiciado por feminicídio, com pena máxima que pode chegar a 30 anos de reclusão.

Fonte: G1 MS - Graziela Rezende

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