Campo Grande MS

Prefeitura transformará Hotel Campo Grande em 260 imóveis populares

20 AGO 2019 - 08h:41 Por Redação
Hotel Campo Grande está fechado desde 2001 Hotel Campo Grande está fechado desde 2001 - Foto: Arquivo / Campo Grande News

Há 18 anos, fechavam-se as portas do Hotel Campo Grande, um dos mais luxuosos de Mato Grosso do Sul, inaugurado em 1971 pela família Coelho, com investimento vindo do dinheiro produzido pela criação de gado.

Desde o fechamento, dos 13 andares apenas o térreo teve algum tipo de ocupação, com lojas de produtos populares e até uma boate, além da agência da Caixa no espaço onde um dia funcionou o falecido Banco Financial. Agora, se depender da vontade da prefeitura, os 82 apartamentos e duas suítes serão transformados em moradia para baixa renda.

Orçado em R$ 38 milhões, o projeto está sendo apresentado pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD) ao Ministério do Desenvolvimento Regional, na tarde desta segunda-feira. A ideia é transformar os aposentos em 260 unidades habitacionais, com menos de 30 metros quadrados.

No térreo, funcionária um setor de atendimento da prefeitura, além de uma base da Guarda Municipal no Centro. A maquete projetada inclui a figura do poeta Manoel de Barros na fachada em concreto aparente do hotel. O nome seria "Menino do Mato", titulo de uma das últimas obras do escritor falecido em 2014.

Há dois caminhos de escolha do Município: o financiamento para clientes da chamada faixa 1 do Minha Casa, Minha Vida, para quem tem renda até três salários mínimos, ou ainda a locação social, modalidade inédita na habitação de interesse social em Campo Grande. A definição vai depender do Ministério.

Ao Campo Grande News, o prefeito Marquinhos Trad disse ter apresentado no ano passado o o projeto para adequação do hotel e, agora, diante da existência de recursos do programa Pró-Moradia novamente está tentando obter a aprovação.

Como seria  

Dos R$ 38 milhões pleiteados, R$ 25 milhões são para as obras arquitetônicas e R$ 13 milhões para pagamento da desapropriação do prédio. A verba toda seria do Pró-Moradia, que tem a linha chamada Retrofit, justamente para projetos arquitetônicos envolvendo prédios abandonados em centros urbanos.

A equipe da prefeitura, segundo apurado pela reportagem, identificou capacidade total de adaptação do prédio, que à época da construção foi projeto com o que era mais moderno para a arquitetura.

Para quem

De acordo com o diretor-presidente da Emha (Empresa Municipal de Habitação), o projeto arquitetônico prevê apartamentos entre 27 e 30 metros. No caso da aprovação para locação social, explica, a intenção é beneficiar locatários de baixa renda, como por exemplo trabalhadores na região que não tem onde morar hoje.

Neste caso, a pessoa passaria por uma triagem e os escolhidos pagarão um valor mínimo, ainda não projetado. No caso de ser definido o financiamento pelo “Minha Casa, Minha Vida”, as regras seriam as mesmas de hoje, com sorteio para determinar os beneficiados.

Outro projeto

Além dessa proposta para um dos prédios mais emblemáticos no Centro de Campo Grande, o prefeito também tenta, em Brasília, confirmar recursos para outras duas iniciativas, envolvendo a construção de 588 imóveis já pré-aprovados.

Para esse projeto, o montante envolvido é de R$ 40 milhões. Os imóveis seriam no

Jardim Nashiville e Jardim Aeroporto. “A gente quer aprovar o mais breve possível para começar as construções ainda este ano”, afirma o presidente da Emha.

Fonte: Campo Grande News - Marta Ferreira

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