“A polícia não pode se fixar só nessa vertente de morte acidental. Não podemos descartar nenhuma hipótese”, disse o delegado Fábio da Silva Magalhães, responsável pelo caso de Tânia Maria Bonamigo Kobayashi, 62 anos, desaparecida há 24 dias.
Tânia sumiu no dia 9 de janeiro, quando fazia trilha com grupo de amigos e parentes, na região da Cachoeira Los Pagos, em São Gabriel do Oeste, distante 137 quilômetros de Campo Grande.
"É um caso um tanto difícil. Nós fomos informados do desaparecimento no dia 9 de janeiro e, desde então, começamos a trabalhar nas buscas com o Corpo de Bombeiros e com as demais pessoas que se encontravam na região da Cachoeira Los Pagos. Nós trabalhamos junto com eles na segunda, na terça, na quarta e na quinta. Como não houve a localização do paradeiro de Tânia, foi instaurado inquérito policial. A partir daí, começamos investigar as possíveis vertentes que possam envolver esse caso", explicou Fábio.
Conforme o delegado, não dá para descartar nenhuma linha de investigação. “O bombeiro continua fazendo as buscas pelo local. Eles continuam tentando localizar o corpo ou o paradeiro de Tânia naquela região. A Polícia Civil não pode se fixar apenas nessa vertente de uma morte acidental, precisamos ampliar o leque da investigação”, disse.
O caso foi registrado como desaparecimento. “Enquanto os bombeiros fazem as buscas no local, a gente trabalha na investigação. Até quando eles vão continuar realizando as buscas, eu não sei. Mas a gente vai percorrer todo o caminho investigativo para tentar entender o que aconteceu”.
"A investigação é bem ampla, é diferente de um caso de homicídio, que você tem o corpo e busca identificar o autor e em qual condições aconteceu aquela morte".
Segundo Fábio, várias pessoas já foram ouvidas. Do grupo de 12 que estavam com a idosa no dia, entre amigos e familiares, a maioria já foi ouvido.
No dia 9, antes do desaparecimento, Tânia foi filmada por câmeras de segurança do Terminal Rodoviário da cidade descendo do veículo, indo ao banheiro e depois retornando. As imagens já estão com a polícia.
Caso
Força-tarefa foi criada para as buscas de Tânia, que contou com drones com sensor térmico, além de cães farejadores e dois helicópteros, um cedido pelo Governo de Mato Grosso do Sul e outro da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Até agora, nenhuma pista foi encontrada.
Tânia mora em Campo Grande e estava acompanhada de parentes, quando ao se afastar por alguns minutos do grupo que fazia a trilha, acabou desaparecendo. No mesmo dia, os bombeiros começaram as buscas, mas sem sucesso.
Viviane Oliveira e Sidney Assis, de Coxim/campograndenews
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