Saúde

Os motivos para MS liderar a vacinação no Brasil; 'tratamento precoce é vacina no braço', afirma secretário

1 ABR 2021 - 22h:15 Por Emilly Constanci
Vacinação no Brasil até o dia 30 de março Vacinação no Brasil até o dia 30 de março - Foto: Arte/G1

Unidade entre os gestores, presença do SUS, logística com planejamento e mutirões de vacinação. De acordo com o secretário de saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, estes são os principais motivos para o estado ser o líder de vacinação contra a Covid-19 em porcentagem de população imunizada no país. Segundo o Mapa da vacinação contra o coronavírus no Brasil, 10,38% das pessoas do estado foram vacinadas com a primeira dose, totalizando 291.746 imunizados, até quarta-feira (30).

O resultado do estado é, de acordo com Resende, conquistado primeiro através da unidade com prefeitos, secretários e equipes de imunização nos 79 municípios do estado. "Isso é reflexo dessa construção com todos e certamente seria muito bom se houvesse, no país, situações semelhantes, usando nosso estado como exemplo", afirma.

O secretário aponta o trabalho do Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso do Sul como o segundo fator para a vacinação avançar. "Temos aqui verdadeiros herois, que fazem da presença deles no SUS uma devoção à vida das pessoas", resume. A logística é o terceiro motivo da imunização acelerada contra Covid no estado, segundo Geraldo.

"Construímos uma logística que leva em apenas 12 horas as vacinas para todos os municípios. As cidades que quiserem buscar as vacinas aqui conseguem fazê-lo em até 5 horas. Temos 357 mil km² de área e, para nós, é uma satisfação conseguirmos levar a vacina tão rapidamente aos 79 municípios do estado", comenta.

MUTIRÕES DE VACINAÇÃO

Os mutirões de vacinação em todos os municípios são apontados por Resende como cruciais para a obtenção das metas de imunização em Mato Grosso do Sul. A capital, Campo Grande, é um dos maiores exemplos deste esforço. Nesta quarta-feira (31), a cidade começou a vacinar idosos com 65 anos nascidos entre janeiro e julho. A expectativa é de imunizar cerca de 5.700 pessoas nesta faixa etária.

São 55 unidades de vacinação na capital. Além disso, a administração municipal montou alguns postos de imunização em bairros mais afastados da região central, como um ginásio poliesportivo e um drive-thru montado num parque da cidade.

Para realizar a imunização de forma ainda mais eficaz, a prefeitura de Campo Grande fez parcerias com planos de saúde. Com a parceria, os locais de vacinação puderam ser ampliados, inclusive no Hospital Militar da capital. Os conveniados da Cassems, do Servimed e militares do exército, marinha e aeronáutica usuários da Fusex, que se encaixavam nas faixas de vacinação determinadas pelo Governo do Estado, puderam receber a vacinação em locais determinados pelas empresas de planos de saúde.

PRÓXIMOS PASSOS

Mato Grosso do Sul já recebeu dez lotes de vacinas da Coronavac e Oxford/AstraZeneca. Cerca de 467 mil doses, 85% dos imunizantes que chegaram ao estado, já foram aplicadas. Nesta quinta-feira (1°), um novo lote de vacinas deve chegar, o que anima o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, para o início da vacinação em um novo grupo de profissionais.

"Queremos começar a vacinar principalmente aquelas pessoas que estão na linha de frente no combate à Covid. Nosso desejo é de imunizar Corpo de Bombeiros militar, Policia Civil, Policia Militar Policia Rodoviária Federal , Polícia Federal e Guardas Municipais", afirmou Resende.

O secretário estadual de saúde ainda reitera que tem pregado dois "mantras" para os gestores municipais das 79 cidades do estado. "Quanto mais rápido vacinarmos, menos casos e óbitos pela doença teremos em Mato Grosso do Sul. Por isso, tenho repetido para todos: "aqui, tratamento precoce é vacina no braço" e também "lugar de vacina é no braço, não na geladeira", finaliza.

João Pedro Godoy - G1

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