Economia

Reajuste de 5% pode "sobrar" para motoristas, que ameaçam greve

Categoria já sabe que, com reajuste anunciado hoje, acordo de salário não será cumprido por empresa de ônibus

30 DEZ 2021 - 11h:29 Por Redação/TR
Demétrio Ferreira, presidente do STTCU. Demétrio Ferreira, presidente do STTCU. - Foto: Paulo Francis

Após anúncio do reajuste de até 5% na tarifa do transporte coletivo, feito pelo prefeito Marquinhos Trad, o presidente Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo (STTCU), Demétrio Ferreira de Freitas disse apoiar uma greve da categoria.

“O Consórcio Guaicurus disse que não vai conseguir cumprir o acordo que a gente fechou em novembro, por isso já soltei um edital de greve para segunda-feira (3), fazermos uma discussão na assembléia”, afirmou.

Demétrio disse que ‘não tem o que fazer’. “A minha orientação é parar, greve, e é o que vou passar para a categoria, já fizemos um esforço muito grande e ano passado e não tivemos reajuste”.

Os trabalhadores deviam receber retroativo dia 18 de novembro, e ter um reajuste de 11,08% assim que saísse o reajuste da tarifa. “Mas com esse aumento anunciado da tarifa de até 5%, o consórcio não consegue cumprir o que foi acordado”.

Após a assembleia do Sindicato e com a aprovação da categoria, terá paralisação, concluiu Demétrio Ferreira.

Já Marquinhos respondeu a repórteres nesta quinta (30) que o reajuste é decidido pela Justiça do Trabalho e não por ele. “Há um contrato, na época foi discutido no Supremo Tribunal de Justiça, as cláusulas do contrato geram direitos e deveres, um dos direitos é de reajuste anual, formado por cinco componentes, variação do preço do óleo diesel, acordo para reajuste dos funcionários, número de usuários de transporte, manutenção da frota, e inflação. Eu não decido".

Segundo Marquinhos, com o reajuste solicitado pela categoria, o valor da tarifa do transporte coletivo subiria de R$ 4,20 para R$ 5,17, e com o reajuste de até 5%, esse valor fica em R$ 4,40 para os usuários, mas sem reajuste para os funcionários.

A empresa responsável pelo transporte pode recorrer da decisão na Justiça, onde Marquinhos antecipou que apresentará argumentos que comprovem a necessidade de um reajuste menor.

Sarah Chaves - JD1 News

Deixe seu Comentário

Leia Também

Voltar