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Com gelo no tornozelo direito, Neymar deixa amistoso do Brasil chorando

Atacante sofre entorse momentos antes do gol de Richarlison contra o Catar, vai para o banco de reservas aos prantos e é substituído por Everton. Jogador é avaliado no vestiário e deixa estádio de muletas

5 JUN 2019 - 22h:58 Por Redação/ML
Neymar chora muito no banco de reservas depois de deixar o gramad Neymar chora muito no banco de reservas depois de deixar o gramad - Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O inferno astral de Neymar parece só aumentar. O atacante deixou o amistoso entre Brasil e Catar aos prantos depois de uma entorse no tornozelo direito. Pouco antes do gol de Richarlison, aos 16 minutos, o camisa 10 coloca a mão na região e pede para não receber a bola. Depois que o camisa 21 abre o placar, ele vai correndo para o banco de reservas, coloca gelo no local e depois vai para o vestiário do estádio Mané Garrincha, em Brasília, chorando.

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Substituído por Everton, Neymar recebeu o primeiro tratamento do médico Rodrigo Lasmar no vestiário, mas um diagnóstico mais preciso só será possível depois. Uma análise inicial dá conta de que o problema é apenas a entorse. Edu Gaspar, diretor de seleções da CBF e o pai do atacante o acompanharam. O jogador foi para um hospital para realizar exames de imagem. Ele deixou o estádio de muletas

O atacante sofreu duas lesões graves no pé direito recentemente e ficou afastado de janeiro a abril deste ano para se recuperar do problema no quinto metatarso do pé direito. Ele realizou uma cirurgia no mesmo local no início de 2018 para se recuperar de uma fratura.

A participação de Neymar no amistoso se resumiu a três lances. Aberto pela ponta esquerda desde o início da partida, ele tocou pouco na bola nos 19 minutos em que esteve em campo. Aplaudido desde o início no telão – quando a camisa 10 e seu nome apareceram –, teve nome gritado e foi ovacionado em alguns momentos até a lesão.

O lance em que esteve mais próximo do gol ele não conseguiu nem finalizar. Abriu para Daniel Alves na direita, dominou dentro da área e perdeu a bola sem grande resistência. Depois, ainda sofreu duas faltas consecutivas na altura do meio de campo pela esquerda do ataque brasileiro – na primeira delas, deixou a perna de leve na passagem do português naturalizado catariano Pedro Correia.

Devolveu de cabeça a bola para Coutinho, que se antecipou na saída de bola do adversário, e foi derrubado quando tentou correr ao lado do camisa 11. Em seguida, tentou dois dribles pelo meio de campo. Não levou vantagem em nenhum deles. No segundo, colocou a mão no tornozelo direito. Até se arrastar e sair de campo.

Possível corte tem que ser aprovado por comissão da Conmebol

A avaliação médica da CBF será fundamental para avaliar possível chance de corte. O regulamento da Conmebol prevê substituição de jogador na lista dos 23 entregues à Conmebol apenas "só em caso de lesão grave" - até 24h antes da disputa da primeira partida de cada seleção.

Neste caso, "a comissão médica da Conmebol deverá aprovar por escrito a substituição depois de receber e aprovar o diagnóstico médico detalhado e assinado pelo médico da equipe, e com os exames médicos que certifiquem a gravidade da lesão", diz o regulamento. Feito o procedimento, o substituto assume a camisa do jogador cortado. Não é necessário que o substituto esteja na lista de 40 pré-convocados, também entregue à Conmebol.

O atacante vive um período tenso desde sua apresentação à Seleção na preparação para a Copa América. Primeiro, perdeu a braçadeira de capitão da equipe para Daniel Alves. O motivo para a troca foi o comportamento de Neymar na final da Copa da França, quando, após o vice-campeonato do PSG, agrediu um torcedor. Ele ainda é investigado em São Paulo por acusação de estupro e no Rio de Janeiro por suposto crime virtual, ao divulgar vídeo com conversas e fotos íntimas da acusadora.

Fonte: Alexandre Lozetti, Fabrício Marques e Raphael Zarko

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