Com Covid sendo confirmada também com por exames clínicos e de imagem, MS registra recorde de casos: 2.258

Mato Grosso do Sul confirmou na sexta-feira (11) o maior número de casos novos de Covid-19 desde o início da pandemia, 2.258. Com isso, a quantidade total de infectados pelo coronavírus no estado desde o começo da pandemia, em março, chegou 58.304.

A secretária estadual adjunta de Saúde, Christinne Maymone, atribuiu o aumento do número de casos confirmados registrados hoje, a mudança de critérios determinado pelo Ministério da Saúde nesta semana.

Ela explicou que o órgão determinou que além do exame laboratorial, os casos de Covid-19 podem ser confirmados também por meio de exame clínico por médico ou outro tipo de exame, como de imagem, por exemplo. Essa mudança ocorreu nesta semana.
A secretária adjunta disse que os municípios do estado passaram a seguir desde quinta-feira (10) essa determinação, o que ampliou o critério de classificação e por consequência a confirmação de casos.

Com os novos registros desta sexta, a média móvel dos últimos 7 dias no estado voltou a subir. Hoje atingiu 842,5 casos por dia.
Christinne Maymone comentou ainda que com mais 11 mortes confirmadas nesta sexta, o estado atingiu 1.035 vidas perdidas desde o início da pandemia e mantém uma média móvel nos últimos 7 dias de 13,7 óbitos por dia. A taxa de letalidade se mantém em 1,8%.

Dos casos confirmados, 6.969 são considerados ativos. Desse total, 6.460 estão em isolamento domiciliar e 509 estão internados, sendo 225 em unidades de terapia intensiva (UTI’s).
A taxa de ocupação de leitos de UTI disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado é de 52%, mas três municípios polo tem índices mais altos: Corumbá, com 74%; Dourados, com 71% e Campo Grande, com 70%.
Em contrapartida, o estado tem 50.300 pessoas que se infectaram com o coronavírus e que já estão recuperadas, o que indica um percentual de 86,2%.
 

A secretaria estadual de Saúde (SES) apontou que Mato Grosso do Sul tem 1.494 amostras de testes da Covid-19 na fila do Laboratório Central (Lacen), em Campo Grande e de instituições parceiras e 2.506 casos suspeitos sem encerramento pelos municípios. Desde o começo da pandemia o estado aplicou 228.656 testes para a doença.

Rastreamento

O consultor da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e epidemiologista, Rodrigo Said, participou da apresentação dos dados sobre a pandemia de sexta-feira (11).
Ele destacou a ação em conjunto da OPAS com o governo do estado na definição de novas diretrizes e estratégias para o enfrentamento da Covid-19.

Apontou em especial a implementação do programa Rastrear. A iniciativa é voltada para fazer o rastreamento da rede de contatos de pacientes infectados ou de casos suspeitos.
Disse que a taxa de contágio do estado hoje é de 1,08 e precisa baixar para menos de 1, justamente para conter a transmissão.
O consultor detalhou que o rastrear atua em duas vertentes. A primeira na identificação precoce dos casos confirmados e suspeitos, por meio da ampliação da testagem.

A segunda é no rastreamento dos contatos desses casos. Comentou que são identificadas as pessoas com quem eles tiveram contato nos últimos 2 dias, e chegando até elas, presencialmente ou por telefone, são colocadas em isolamento preventivo por 14 dias.

Explicou que os pacientes ou casos suspeitos com sintomas leves ou sem sintomas têm de receber um acompanhamento clínico. Relatou que se apresentarem sintomas de agravamento do quadro, com tosse ou febre persistente e falta de ar, devem ser imediatamente internadas.

Fonte: G1 - Anderson Viegas