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MS corre o risco de ter mais de 30 mil casos de coronavírus em 21 dias

23 MAR 2020 - 11h:40 Por Paulo Ricardo
A capital, Campo Grande, já tem 19 casos confirmados (dados da SES de 22/03) A capital, Campo Grande, já tem 19 casos confirmados (dados da SES de 22/03) - Foto: Repridução / Internet

Se o avanço da epidemia do novo coronavírus não retroceder em Mato Grosso do Sul, ainda na primeira semana de abril, o Estado corre o risco de ter mais de 30 mil casos confirmados da doença.

“O que nos espera é muito pior. Mas se Deus quiser, não vamos viver o que estamos esperando”, diz a integrante do Comitê de Operações de Emergência (COE) da SES, Mariana Croda, que avalia o pico de casos no Estado entre dentro de duas a três semanas.

A situação prevista vai de encontro ao que afirmou o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, na última sexta-feira (20). Ele disse que a quantidade de casos deve aumentar exponencialmente entre abril e junho e começarem a cair a partir de julho.

O sistema de saúde pode entrar em colapso já no mês que vem

“A gente já trabalha como se a gente vivesse esse avanço exponencial, mas os casos dobram a cada dois dias e pensando que o período de encubação da doença é de pelo menos 14 dias, dentro de duas a três semanas teremos o ápice da epidemia”, explica Mariana, que é médica infectologista.

Mariana explica que os números atuais do Estado, assim como de todo Brasil, não correspondem exatamente à realidade. Isso porque a dinâmica de contagem dos casos foi modificada pelo Ministério da Saúde

No começo da epidemia, todos os casos, inclusive suspeitos, eram testados. Mas com a falta de kits de exame e dos testes rápidos, a prioridade passou a ser os pacientes graves ou que vieram de outros países.

“Antes, examinávamos todos que haviam tido contato ou vínculo com alguém diagnosticado, mas agora somente casos graves, de UTI ou internados passam pelo teste”, afirma.

E apesar de Mato Grosso do Sul, pelo menos até o momento, não ter apresentado casos de transmissão comunitária do vírus – que é quando não se sabe de quem ou como a pessoa pegou a doença – a declaração do governo federal, em portaria, de que o Brasil já está com esse tipo de proliferação, obriga Mato Grosso do Sul adotar as mesmas medidas de contenção possíveis.

Para o Mato Grosso do Sul, o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende faz, mais uma vez, o apelo. “Fiquem em casa!”

Ao Campo Grande News ele afirmou que “não pode perambular, o melhor tratamento hoje é ficar em casa, não há outro. Se você pensa em seus filhos, seus pais, em sua família, fique em casa!”.

Fonte: Campo Grande News - Lucia Morel

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