Um caso repercutiu nos Estados Unidos na última semana. Uma mulher da Califórnia está acusando o médico que fez seus dois processos de fertilização. Segundo ela, o profissional teria usado o próprio esperma nos casos.
Katherine Richards e o marido tiveram dificuldades para ter filhos de forma natural. Em 1978, eles procuraram por um especialista e encontraram o atendimento do Dr. Michael Kiken. Dois anos depois do tratamento, o casal teve a primeira bebê.
Confiando no processo, a família resolveu aumentar e retornaram a clínica do mesmo médico para que tivessem o segundo filho alguns anos depois. O profissional teria afirmado que havia guardado o registro do doador da primeira filha, portanto poderiam usar o mesmo.
Para os dois procedimentos, o casal de americanos assinou um contrato para que recebessem o esperma de um doador anônimo, de características semelhantes ao do pai e sem nenhuma condição genética.
Tudo corria bem até que no ano passado, Julie, filha de Katherine descobriu a verdade 40 anos depois do próprio nascimento. Ela ganhou de presente um kit que fazia um teste simples de DNA. Ao aplicar em si mesma, ela descobriu uma condição genética e um histórico diferente do que se era esperado.
Julie buscou ajuda médica para entender o que estava acontecendo e uma especialista conseguiu traçar um caminho até descobrir e confirmar que Michael Kiken seria o pai biológico dela. Em seguida, a família continuou investigando e comprovou que o mesmo valia para o irmão mais novo.
Agora, a família espera por justiça. O advogado de Katherine confirmou que ela está devastada com a revelação e que se sentiu violentada. “Katie, assim como qualquer pessoa, deve ter controle e domínio sobre o próprio corpo. Ela nunca vai olhar nenhum médico da mesma maneira”, contou o profissional.
Fonte: UOL - Giulia Pires