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Varíola dos Macacos: Homens devem diminuir parceiros sexuais, aconselha OMS

Conforme Tedros, 98% dos casos até agora foram confirmados neste público masculino

27 JUL 2022 - 17h:23 Por Redação/TR
Foto: Reprodução

Na fala de abertura em uma coletiva sobre a doença nesta quarta-feira (27), Tedros Adhanom Ghebreyesus diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselhou que homens que fazem sexo com homens, reduzam, neste momento, o número de parceiros sexuais para diminuir o risco de exposição à varíola dos macacos (monkeypox).

Ele pediu que comunidades e indivíduos se informassem e levassem os riscos a sério, além de tomarem as medidas necessárias para interromper a transmissão e proteger os grupos vulneráveis.

O diretor destacou que, "embora 98% dos casos até agora estejam entre homens que fazem sexo com homens, qualquer pessoa exposta pode pegar a varíola dos macacos".

"O foco para todos os países deve ser engajar e capacitar as comunidades de homens que fazem sexo com homens para reduzir o risco de infecção e transmissão posterior, prestar cuidados aos infectados e salvaguardar os direitos humanos e a dignidade".

Tedros lembrou que, além da transmissão por contato sexual, a varíola dos macacos pode se espalhar nas residências por meio do contato próximo entre as pessoas, como abraços e beijos, e em toalhas ou roupas de cama contaminadas.

Mais de 18 mil casos de varíola dos macacos já foram relatados à OMS em 78 países, incluindo 5 mortes. Mais de 70% dos casos relatados vêm da Europa e 25%, das Américas.

No Brasil, o Ministério da Saúde contabilizava 696 casos confirmados até a segunda-feira (25). Desde então, pelo menos mais dois estados confirmaram novos casos da doença: Acre e Tocantins. Na terça-feira (26), a OMS classificou a situação do Brasil como "preocupante".

Vacinas

O diretor da OMS também falou sobre as vacinas disponíveis para evitar a varíola dos macacos. A doença não tem uma vacina específica, mas as vacinas desenvolvidas contra a varíola humana ajudam a proteger contra ela. Atualmente, existem 3 vacinas contra a doença: uma usada no Canadá, nos Estados Unidos e na União Europeia (MVA-BN, do laboratório Bavarian Nordic), uma que só está aprovada nos Estados Unidos (ACAM2000) e uma terceira, desenvolvida no Japão, que pode ser aplicada em crianças (LC16).

"No entanto, ainda não temos dados sobre a eficácia das vacinas contra a varíola dos macacos ou quantas doses podem ser necessárias", disse Tedros, que também lembrou que a proteção da vacina não é instantânea.

jd1news

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