Polícia

Chefe de almoxarifado furtava material da Sefaz e revendia para gráfica

14 AGO 2020 - 07h:47 Por Redação

Funcionário público de 50 anos lotado há mais de 20 na Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) foi indiciado por peculato. Há pelo menos 2 anos, o chefe de almoxarifado vinha furtando materiais de papelaria do órgão e revendendo para gráficas e editoras. Na quinta-feira (13), foram apreendidos na casa dele mais de R$ 50 mil em materiais furtados. Como não houve flagrante, o suspeito foi ouvido e liberado.

Segundo delegado Ricardo Meirelles, da 3º Delegacia de Polícia Civil, as investigações começaram há 1 ano depois que vizinhos denunciaram grande movimentação de veículos do órgão descarregando materiais de almoxarifado na casa dele. Durante as diligências, a polícia conseguiu imagens comprovando os fatos praticados pelo servidor.

Durante cumprimento de busca e apreensão na casa do servidor, foram apreendidas cargas de papel sulfite, pneus e produtos de almoxarifado. O autor, segundo a Polícia Civil, aproveitava o uso de carros públicos para fazer o transporte do material. Um veículo Fiat Uno branco oficial também foi apreendido.

Em depoimento, o funcionário público confessou o crime e disse que desviava grandes quantidades de resmas de papel sulfite e revendia para gráficas e editoras da Capital. Afirmou ainda que já tinha uma rede a qual fazia o abastecimento, gerando uma “renda extra”, e justificou a ação por ter problemas de saúde, bem como sua esposa.

Além de material como canetas e papéis de envelope, os policiais apreenderam ainda, R$ 4 mil em dinheiro. Ele afirmou que parte do dinheiro veio das vendas dos produtos desviados do órgão.

Segundo o delegado, responsável pela conclusão do caso, o servidor público foi indiciado por peculato – crime contra a administração pública - na modalidade desvio.  “A investigação prossegue, porém ele não foi preso pois não estava em situação de flagrante e responderá ao processo em liberdade, mas já foi indiciado e o dinheiro ficará à disposição da Justiça.

“A pena para este tipo de crime varia de até 12 anos de prisão”, explicou a autoridade policial.

Fonte: Campo Grande News - Viviane Oliveirae Kerolyn Araújo

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