Polícia

Corpo encontrado no litoral paulista é de surfista que desapareceu na praia gaúcha, diz IGP

6 SET 2019 - 13h:11 Por Redação
Surfista Gustavo de Oliveira, de 18 anos, desapareceu no mar em Imbé (RS) Surfista Gustavo de Oliveira, de 18 anos, desapareceu no mar em Imbé (RS) - Foto: Arquivo Pessoal

O corpo encontrado em Iguape, Litoral paulista, no último dia 31 de julho, é do surfista Gustavo Quadros de Oliveira, desaparecido de Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, confirmou na quinta-feira (5) o Instituto Geral de Perícias (IGP) do RS.

O órgão, juntamente com o Instituto de Criminalística de São Paulo, realizou a identificação por meio do DNA dos restos mortais encontrados no litoral paulista.

Foram cruzadas as informações genéticas do material colhido com os pais de Gustavo, por ordem da Polícia Civil, no Posto de Criminalística de Osório. A Divisão de Genética Forense do IGP, então, realizou a extração do DNA do material.

Gustavo desapareceu em 6 de junho, enquanto surfava na praia gaúcha

Em 31 de julho, banhistas da praia do Prelado, na orla de Iguape, encontraram um corpo em avançado estado de composição. O Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) recolheu o corpo.

A distância entre as duas praias é de quase 700 km

O cadáver ainda vestia parcialmente uma roupa de borracha, como as usadas por surfistas. As autoridades policiais desconfiaram que poderia se tratar de Gustavo. Não havia nenhum outro registro de pessoas desaparecidas no mar em São Paulo que pudesse coincidir com as características do corpo encontrado.

O delegado que investigou o desaparecimento, Antônio Carlos Ractz Jr., confirma que o inquérito será remetido ao Judiciário de Tramandaí, cidade vizinha a Imbé. O corpo foi procurado pelo Corpo de Bombeiros por nove dias, lembra o delegado.

Os familiares da vítima foram comunicados para providenciarem a liberação e o traslado do cadáver ao Rio Grande do Sul.

Probabilidade maior que 99,99999999%, diz perito

A comparação feita entre os materiais genéticos mostrou uma probabilidade de paternidade maior que 99,99999999%, conforme o chefe de seção de genética forense do IGP, Gustavo Lucena Kortmann. Segundo ele, o órgão já estava em contato com a polícia durante a investigação do desaparecimento do surfista.

Normalmente, as identificações de cadáveres se dão dentro de um estado. Porém, neste caso, foi necessário o trabalho em conjunto, já que o corpo estava em um local, e os parentes, em outro.

"A cooperação possibilitou que as amostras fossem processadas simultaneamente nos laboratórios de SP e RS sem necessidade de transporte de materiais biológicos pra um estado ou outro", enfatiza.

No dia 16 de agosto, o perito explica que ficou pronto o laudo com o DNA dos familiares, que foi remetido ao Núcleo de Biologia em SP, para comparação com o perfil obtido lá. O laudo do confronto, com a comprovação, saiu na quinta-feira.

Em cada uma das unidades, os materiais foram processados em cinco etapas:

- Extração de DNA de dentro do núcleo das células das amostras biológicas,

- Verificação da quantidade e qualidade do DNA obtido,

- Multiplicação de regiões específicas do DNA,

- Obtenção dos perfis genéticos no sequenciador,

- Comparação genética entre os perfis dos cadáveres e supostos parentes pro cálculo de raridade e elaboração do laudo.

"O método é praticamente o mesmo utilizado em todos os laboratórios de genética forense internacionalmente, variando poucos aspectos", conclui o perito.

Fonte: G1 RS

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