Saúde

Aos 11 anos, menina com vitiligo aprende a lidar com preconceito: 'não vai fazer diferença na minha vida'

14 JUL 2019 - 10h:49 Por Redação
As manchas apareceram nas pernas e mãos da menina As manchas apareceram nas pernas e mãos da menina - Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Maria Eduarda Barros, de 11 anos, aprendeu desde cedo a lidar com os olhares estranhos por causa do vitiligo, que produz efeito de manchas brancas na pele.

Aos 8 anos ela descobriu que tinha predisposição genética para a doença. Mesmo com o preconceito, a garota dá exemplo de aceitação: "Não vai fazer diferença na minha vida", diz ela.

Ao contrário do que muitos pensam, a doença é autoimune e não é contagiosa

A garota começou a perder a pigmentação da pele na região das pernas depois da morte da avó. Com o tempo, foi se espalhando. De acordo com especialistas, o trauma acabou desencadeando a doença.

Laila Barros é mãe de Maria Eduarda, e conta que no começo a notícia foi um susto para a família. "A doença surgiu e rapidamente tomou conta do corpo dela. Para a gente, no início foi muito difícil, até mesmo por causa do olhar de outras pessoas que discriminam por não ter conhecimento da doença", comentou.

Apesar do preconceito nos ambientes que frequenta, Eduarda vive uma vida normal e diz que a doença não causa dor. A garota faz questão de mostrar as manchas no corpo desde que aprendeu a lidar com a discriminação.

"As pessoas olham mas eu não me preocupo não, porque não vai fazer diferença na minha vida. É só estética", comentou

De acordo com a dermatologista Camila Novak, existem vários tratamentos diferentes para amenizar a despigmentação da pele. Em casos raros pode haver o desaparecimento total

"Ela faz um tratamento chamado fototerapia. É uma máquina em que a Maria Eduarda entra, fica 4 minutos e 27 segundos. São jogados raios ultravioleta nela, que ajudam a voltar a pigmentação da pele", disse a mãe.

A médica Camila Novak disse que existem muitas pessoas com vitiligo no Tocantins e o preconceito deve ser combatido. "Nós atendemos frequentemente pacientes que já vem com o próprio preconceito. E nós devemos desmistificar, porque o vitiligo não é uma doença contagiosa, mas uma variação de cor. Somente isso. O vitiligo é só um problema estético. É uma doença de pele que deve ser tratada, mas é um problema estético, e isso não define quem a pessoa é".

Pessoas que possuem vitiligo devem tomar cuidado extra com a exposição ao sol e outros fatores externos. A área despigmentada possui menor quantidade de melanina, e portanto, é mais desprotegida e sensível.

Fonte: G1 / TV Anhanguera

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