O relatório preliminar do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) aponta que, durante a aproximação para pouso na Fazenda Barra Mansa, a aeronave Cessna 175 colidiu com árvores antes de atingir o solo. A reportagem teve acesso ao documento assinado às 18h26 desta sexta-feira (26).
Até então, a primeira hipótese apresentada por testemunhas era de que uma manada de queixadas teria invadido a pista e obrigado o piloto a arremeter, prejudicando o pouso. Com o relatório do Cenipa, o dado oficial preliminar passa a ser a colisão com árvores durante a aproximação.
Segundo o documento, o avião, fabricado em 1958 e de prefixo PT-BAN, havia decolado de um aeródromo não cadastrado para voo privado com destino à pista da Fazenda Barra Mansa, levando o piloto Marcelo Pereira Barros e três passageiros os cineastas Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz e Rubens Crispim Júnior e o arquiteto chinês Kongjian Yu. Todos morreram no impacto.
O Cenipa reforça que o relatório é preliminar, voltado exclusivamente para a prevenção de acidentes, e que as conclusões podem ser alteradas no relatório final. O caso é classificado como "colisão com obstáculo durante pouso" e os danos à aeronave são descritos como substanciais.
O acidente A aeronave caiu na tarde do dia 23. De acordo com funcionários da fazenda, o avião deveria pousar por volta das 18h30, mas arremeteu na primeira tentativa. A aeronave perdeu altitude a cerca de 100 metros da cabeceira, explodindo ao atingir o solo. Os trabalhadores correram com um trator e um caminhão-pipa na tentativa de conter as chamas, mas nada pôde ser feito.
A pista da Fazenda Barra Mansa, considerada modelo e usada para receber equipes de gravação da novela "Pantanal" em 2022, opera apenas por visual, com limite de horário até o pôr do sol. A aeronave não tinha autorização para realizar serviço de táxi aéreo.
A Fazenda Barra Mansa informou que segue colaborando com as autoridades. O acesso à área do acidente permanece restrito a investigadores e órgãos oficiais.
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