Enquanto Estados como Minas Gerais, Pará e Mato Grosso do Sul comemoram sucessivos aumentos nas exportações minerais brutos, números da Secretaria de Comércio Exterior mostram que as importações de produtos de ferro e aço – da China para o Brasil – movimentaram US$ 9 bilhões em 2023.
Esses números mostram um crescimento de 12% e, em cifras, representam uma movimentação US$ 944 milhões a mais na comparação com o ano anterior. Já em relação ao peso importado, a elevação foi de 39%. De acordo com o levantamento, os produtos com maior destaque são os laminados de ferro ou aço (14%), parafusos e fixadores (10%), tubos e perfis (10%), peças de aço ou ferro diversas (8%), e acessórios para tubos (5%).
Vale destacar que esses materiais são essenciais para diversos setores da economia brasileira, como construção civil, infraestrutura, manufatura e indústrias de base. Portanto, o aumento das importações pode ser um reflexo do crescimento contínuo destes segmentos no país, exigindo uma demanda cada vez maior por produtos siderúrgicos. Ao mesmo tempo, os números mostram que o Brasil continua vendendo “pau e pedra” e importando produtos de alto valor agregado.
Liderança Chinesa
Grande parte dessas importações são provenientes da China. No período analisado - de janeiro a dezembro de 2023 -, a china foi responsável por fornecer 39% dos produtos de ferro e aço que chegaram no território brasileiro, seguido pela Alemanha com 9%, Estados Unidos com 8%, além de Itália e Japão, ambos com 4%.
Redução da tarifa de importação
A redução da tarifa de importação em 10% é um dos estímulos para este fato e também representa um fator positivo porque boa parte dos produtos foi comercializada com a indústria da construção civil, que foi reativada no País e gera muitos empregos. "Nesse cenário, as soluções voltadas para crédito, financiamento e câmbio também entram em jogo para auxiliar o importador a fechar negócios e não perder oportunidades. Essas condições, juntamente com uma maior demanda do setor, foram cruciais para o crescimento das importações no Brasil", avalia o executivo.
Correio do Estado