Foi sepultado na tarde desta segunda (26) o corpo de Júlia Laport, de 10 anos, encontrada morta dentro de uma mala no distrito de Ipiabasm em Barra do Piraí. O caso aconteceu em janeiro deste ano.
O velório reuniu parentes e amigos em uma despedida que levou sete meses para acontecer. Um problema na documentação impedia a liberação para o enterro, porque o corpo de Júlia constava como indigente.
O Instituto Médico Legal informou que o laudo do perito foi emitido antes de sair o resultado do exame de DNA que comprovou que a vítima era Júlia. O pai da criança acionou a Justiça para conseguir a alteração do documento.
“É um alívio e uma dor ao mesmo tempo. Alívio porque agora eu sei onde que ela tá. Saudade a gente vai ter pra sempre”, lamentou o pai da criança, Anderson Caldeira Quintanilha.
A menina tinha síndrome de west, uma doença rara que causa dificuldade na fala e na locomoção, além de provocar crises epiléticas
O corpo dela foi encontrado dentro de uma mala nos fundos de uma casa, seis meses após ela ser dada como desaparecida.
Na época, segundo a polícia, a mãe da criança dava diferentes versões para justificar o sumiço. Em depoimento, ela confessou que abandonou o corpo da filha em um terreno com a ajuda do namorado. Christiane de Oliveira Laport foi presa e o padrasto Carlos Rhamon Manoel Ferreira, responde em liberdade.
"Que a justiça seja feita por ela. Ela tinha 10 anos. Tinha a vida inteira pela frente. Foi uma crueldade muito grande o que fizeram com a minha filha, muito grande. Eu não tenho nem palavras para definir esses monstros".
O julgamento será na quarta-feira (28), às 10h, através de juri popular, na segunda vara de Barra do Piraí. Os dois são acusados de ocultação de cadáver e Christiane ainda responde por homicídio.
Fonte: G1 / RJTV