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Energisa identifica 4,7 mil "gatos" de energia no primeiro semestre em Mato Grosso do Sul

Furtos e fraudes representam prejuízo de R$ 20 milhões aos cofres públicos em 2023, aponta a concessionária

24 JUL 2023 - 17h:20 Por Redação/EC
Foram realizadas mais de 30 mil inspeções para combater o desvio de energia elétrica em 2023 Foram realizadas mais de 30 mil inspeções para combater o desvio de energia elétrica em 2023 - Foto: Arquivo/Correio do Estado

A Energisa Mato Grosso do Sul identificou, entre janeiro e junho deste ano, 4,7 mil irregularidades de furto de energia, o equivalente a 14 GWh de energia, que seria suficiente para abastecer aproximadamente 93 mil residências. 

De acordo com a concessionária, os furtos e fraudes de energia, além de crime, colocam em risco todos à sua volta, podendo provocar acidentes fatais; impacto na qualidade do fornecimento de energia elétrica e prejuízos aos demais clientes e para os cofres públicos.

Por se tratar de um sistema de condomínio, os prejuízos causados pelos chamados gatos e furto de energia provocam elevação na tarifa de energia elétrica, ou seja, os valores perdidos são divididos pelos consumidores da concessão. 

Para o coordenador comercial da Energisa, Jonas Ortiz Rudis, o furto de energia preocupa, uma vez que os prejuízos também chegam aos cofres públicos, que deixam de arrecadar os tributos sobre a energia furtada.

“Em 2022, os prejuízos causados aos cofres públicos foram de R$ 35 milhões, sendo que somente neste primeiro semestre de 2023 já somam R$ 20 milhões de tributos, que não foram arrecadados e que poderiam ter sido investidos em segurança, saúde e educação para a população”, destaca o coordenador.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, em 2022, foram realizadas 60 mil inspeções pela concessionária de energia elétrica em Mato Grosso do Sul, destas 10 mil possuíam algum tipo de irregularidade, como "gatos" ou ligações clandestinas.

De acordo com Jonas Ortiz Rudis, já foram realizadas mais de 30 mil inspeções para combater o desvio de energia elétrica só no primeiro semestre do ano.

“A Energisa conta com um sistema de inteligência que identifica possíveis inconsistências nos padrões de consumo de energia elétrica, e através desta inteligência são realizadas as inspeções das unidades consumidoras”, explica o coordenador.

Número ainda maior

Além do furto de energia, constatado em 2023, também foram regularizados 318 clientes clandestinos, ou seja, que estavam ligados na rede de energia de forma irregular. 

A concessionária reforça que esse número é ainda maior, tendo em vista que o principal desafio é identificar onde estão esses “gatos” para atuar e evitar riscos de acidentes e até mortes.

A empresa ainda incentiva que a população denuncie casos de ligações clandestinas de energia, já que existe o perigo de acidentes com choques elétricos, curtos-circuitos e incêndios, sobrecarregam e comprometem a confiabilidade da rede de distribuição de energia.

"Para denunciar o furto de energia, o cliente pode utilizar os canais de atendimento da Energisa. A identidade de quem denuncia é mantida em total anonimato", afirma a concessionária.

A pena prevista para quem furta energia ou frauda o medido elétrico é de um a quatro anos de reclusão. Também são cobrados os valores de consumo retroativos referente ao período fraudado e acrescidos de multa.

Operação

Em fevereiro deste ano, a Polícia Civil flagrou irregularidades na energia elétrica do Éden Lounge, bar localizado na Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo, na Chácara Cachoeira. O flagrante ocorreu durante operação, que percorreu outras empresas da Capital, contra furtos de energia.

O prejuízo foi calculado em mais de R$ 23 mil, considerando a partir de novembro de 2022 até o dia 1º de fevereiro deste ano. No entanto, o bar funciona no local desde março de 2021.

Além do Éden, também foram fiscalizadas e constatadas irregularidades em uma conveniência no Carandá Bosque e na Conveniência Original Beers e Bar do Baiano, no Novos Estados.

Correio do Estado 

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