Ventos de 89 km/h causam estragos em Campo Grande e chuva segue para região norte

Vento derrubou árvore sobre carro e trailer na Avenida Gunter Hans (Foto: Pietra Dorneles, Midiamax)

Uma tempestade no final da manhã desta quarta-feira provocou estragos em Campo Grande, com ventos que chegaram a 88,9 km/h, conforme medição realizada na região do Aeroporto Internacional. Na estação do Inmet instalada na Embrapa Gado de Corte, as rajadas atingiram 78,5 km/h. Em Amambai, no sul do Estado, o pico foi ainda maior, com 102,6 km/h.

A força do vento derrubou árvores sobre casas e veículos, interditou ruas em diversos bairros e provocou queda de energia em dezenas de regiões da cidade. Também houve alagamentos em áreas mais baixas, como sob o pontilhão da Avenida João Arinos.

Segundo o meteorologista Vinicius Sperling, da Cemtec-MS (Centro e Monitoramento do Tempo e Clima de MS), os registros de velocidade de vento em Campo Grande são consideráveis.

“O Aeroporto ficou na faixa de quase 89 km/h, e na estação do Inmet, na Embrapa, 78,5 km/h”, afirmou, explicando ainda que rajadas próximas de 90 km/h já têm potencial para causar prejuízos significativos.

“Aproximadamente 90 km/h já são ventos com potencial de destruição, com quedas de árvores, galhos e danos em infraestrutura. Foi o que vimos pelas imagens de Campo Grande. Não sei se houve destelhamentos, mas pode ocorrer com essas velocidades”, destacou.

Segundo Sperling, a tempestade foi influenciada por um sistema de baixa pressão sobre Paraguai, Bolívia e Mato Grosso do Sul. Esse fenômeno organizou áreas de instabilidade que avançaram pelo sul do Estado ainda durante a madrugada, causando acumulados expressivos de chuva.

“Houve acumulados de 120 mm só hoje pela manhã em Angélica e quase 90 mm em Ivinhema. São valores muito significativos. Em Campo Grande, o volume ficou na faixa de 23,8 mm”, detalhou o meteorologista.

A previsão já indicava risco elevado para o dia. “Havia indicativo de acumulados elevados e previsão de temporal. Não saiu ‘tempestades isoladas’ porque o cenário era mais generalizado, e acabou se confirmando”, disse Sperling.

Tempestade segue para região norte

Agora, a instabilidade se desloca para outras regiões do Estado. “Essas tempestades estão se deslocando para a região centro-norte e nordeste do estado. Passaram pelo sul, centro e seguem para o norte. O Estado praticamente todo deve registrar chuva, com exceção do Pantanal, onde ainda não está garantido”, concluiu.

Equipes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros seguem atendendo ocorrências na Capital. A recomendação é evitar áreas alagadas, não transitar sob árvores durante ventos fortes e acionar emergência em caso de risco.

Proteja-se

As fortes tempestades que atingem Mato Grosso do Sul, especialmente Campo Grande, provocaram danos severos à rede elétrica. Há riscos de árvores, galhos, placas e telhas serem lançados sobre a fiação, causando queda de postes e rompimento de cabos.

Em caso de rajadas de vento, não é indicado se abrigar debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas. Não estacione veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.

A Defesa Civil também pede para que os moradores evitem o uso de aparelhos eletrônicos ligados à tomada. Em caso de urgência, acionar a Defesa Civil (199) ou Corpo de Bombeiros (193).

A Energisa também informou que atua para restabelecer o atendimento o mais rápido possível. A distribuidora também orienta que a população não se aproxime de cabos partidos em vias públicas. Em caso de riscos, contate imediatamente pelos canais oficiais:

-Aplicativo Energisa On

-WhatsApp/Gisa: (67) 99980-0698

-Agência digital: energisa.com.br/serviços

Confira as dicas:

Evite o uso de aparelhos eletrônicos ligados à rede elétrica; 

Mantenha distância de janelas, portas metálicas e estruturas que possam conduzir energia; 

Se houver sinais de curto-circuito, faísca ou alagamento próximo à tomada, desligue o disjuntor geral da casa e aguarde em um lugar seguro.

Midiamax