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Híbrido e diferentão: a história por trás do veículo exótico que está roubando a cena em MS

Casal com filho de 4 anos e uma bebê na barriga viaja pelo Brasil em cima de triciclo misturado com pedaço de Kombi

17 SET 2025 - 10h:43 Por Redação/EC
Família passou por Bonito de TrikeKombi. (Foto: Arquivo Pessoal) Família passou por Bonito de TrikeKombi. (Foto: Arquivo Pessoal)

À bordo da TrikeKombi, o casal Mariana e Deivid Sembarski, 33 e 42 anos, viaja com os filhos Lars, 4 anos, e Luna Sembarski, ainda na barriga. O veículo nada tradicional combina um triciclo com carroceria de Kombi, e chamou atenção dos sul-matogrossenses por onde passou nos últimos dias.

De Apucarana, no Paraná, a família vive verdadeiras aventuras por estradas brasileiras e até mesmo estrangeiras. Desta vez, os quatro estão passando por Mato Grosso do Sul, e já visitaram Campo Grande e Bonito.

À primeira vista, a TrikeKombi desperta olhares curiosos e a pergunta que fica é: ‘como surgiu essa ideia inusitada?’ Segundo Mariana, ela e o marido já foram motociclistas antes do nascimento do primogênito.

O casal costumava viajar em suas respectivas motos para conhecer novos lugares. Assim, Deivid comprou um triciclo em 2014.

Os dois estiveram pela primeira vez em Bonito no ano de 2018. Agora, retornaram com o triciclo adaptado e a companhia dos filhos e da cachorrinha, Melina.

O nascimento de Lars foi o motivo principal da adaptação do triciclo. Para viajar com o filho, os paranaenses decidiram, inicialmente, construir uma “casinha” que o acolhesse no triciclo. A primeira modificação permitiu que ele se aventurasse nas estradas com os pais.

“A gente fechou [o triciclo] quando descobriu que eu estava grávida, era uma casinha. Nosso filho nasceu, e a gente começou a viajar com ele de casinha. Ficamos assim até ele ter uns 10 meses, e a gente já viu que não estava sendo compatível com a família”, conta Mariana.

O primeiro sinal de que precisariam de um veículo maior foi quando Lars começou a ficar sem espaço para reclinar a cadeirinha. Além disso, Mariana queria poder levar o carrinho de bebê sempre com eles. 

“A primeira viagem que a gente fez com essa casinha, o Deivid amarrou a bagagem em cima e perdemos a mala inteira do Lars. Ele tinha nove meses, a gente saiu de casa estava calor, cheguei em Cascavel, no Paraná, estava chovendo e fazendo 10 graus. Perdi todo o enxoval dele e tive que ir em uma loja comprar tudo do zero porque ele não tinha nem pijama”, recorda Mariana.

Família precisou aumentar veículo de viagem

Mariana conta que, a partir deste momento, começaram a notar que faltava espaço para a família viajar tranquilamente no triciclo. Qual fosse o veículo, precisava ter um bagageiro. “Nós pensamos, junto com o nosso torneiro mecânico, o filho dele é engenheiro mecânico, de adaptar alguma cabine que fosse mais espaçosa”, conta.

“Eu queria com cama dentro para que a gente pudesse acampar também e queria porta-malas. E aí surgiu a ideia da Kombi. A gente gosta de Kombi, é clássica. Então, compramos uma no Ferro Velho, cortamos a traseira e a frente, e adaptamos ela no triciclo”, explica. 

O motor, contudo, não é de Kombi, é um AP 1.6. Flex. Sempre questionados sobre alguns detalhes da TrikeKombi, Mariana já se adianta: as luzes se acendem e, além disso, há energia para operar utensílios domésticos, como uma geladeira, por exemplo.

Após a modificação, o veículo já transportou a família para diversos lugares no Brasil e no exterior. Os viajantes já estiveram em 12 estados brasileiros à bordo do veículo. 

“A gente está andando com ela pelo Brasil, viajamos bastante. Fomos até para fora do país, para o Uruguai, Argentina e Paraguai várias vezes, Rio Grande do Sul, Paraná. A gente já conheceu cerca de 12 estados com o triciclo. Agora nós estamos grávidos de sete meses, e continuamos viajando, na medida do possível”, conta Mariana. 

Casal e filhos estiveram em Campo Grande pela primeira vez

Na atual viagem, a família passa por Mato Grosso do Sul. De acordo com Mariana, eles conheceram Campo Grande pela primeira vez. Como chegaram na noite de sábado, e já tiveram que seguir viagem na segunda-feira (15), não conseguiram visitar o Bioparque Pantanal, que estava no planos da família. Mas, desejam voltar à cidade futuramente.

“Vamos retornar, com certeza, a Campo Grande. A cidade é muito boa, muito estruturada. Fomos muito bem recebidos. Estamos em Bonito agora, acho que vamos ficar até o final da semana, e aí vamos voltar”, afirma. Quanto a Lars, o filho do casal se diverte nas viagens. A mãe conta que a posição de sua cadeirinha na Kombi permite uma visão panorâmica da estrada. “Ele tem uma visão bem ampla da frente, e gosta bastante. Ele fala de triciclo para todo mundo, é a piada da estrada”, brinca Mariana. 

Midiamax

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