Geral

Pai realiza parto por telefone antes de resgate aéreo em área de difícil acesso do Pantanal

O 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Oeste (EsqdHU-61), da Marinha, transportou mãe e filha até a Santa Casa de Corumbá, acompanhadas por um médico do Hospital Naval de Ladário.

20 OUT 2025 - 06h:48 Por Redação/EC
Após resgate, mãe e filha foram levadas até a Santa Casa de Corumbá  Foto: Corpo de Bombeiros/ EsqdHU-61 Após resgate, mãe e filha foram levadas até a Santa Casa de Corumbá Foto: Corpo de Bombeiros/ EsqdHU-61

A Marinha do Brasil e o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul resgataram, na manhã deste domingo (19), duas gestantes em áreas de difícil acesso do Pantanal sul-mato-grossense. Uma das gestantes, de 28 anos, entrou em trabalho de parto na região do Paiaguás, a cerca de 160 km de Corumbá. 

Segundo o Corpo de Bombeiros, ela estava em sua terceira gravidez e já havia tido os filhos anteriores por cesariana. Durante a madrugada, o marido acionou a Central 193, informando que a esposa tinha contrações regulares a cada cinco minutos. 

Durante o atendimento telefônico, a situação evoluiu rapidamente. O marido ligou novamente dizendo que já era possível ver a cabeça da bebê, indicando que o parto era iminente. 

O rádio operador de serviço, Cabo Gilberto, passou instruções detalhadas para que o pai conduzisse o parto com segurança até a chegada do socorro. Ele foi orientado a higienizar as mãos, usar panos limpos e apoiar cuidadosamente a cabeça e os ombros da bebê durante o nascimento. 

Após o parto, o militar explicou como cuidar do cordão umbilical, esterilizar uma tesoura, cortar o cordão a cerca de 15 cm do umbigo e amarrá-lo com linha de nylon. Também orientou sobre a eliminação natural da placenta e a importância de manter o bebê aquecido para estabilizar a temperatura e preservar os sinais vitais. 

O pai relatou que a bebê chorou logo após nascer, respirando de forma espontânea e vigorosa, indicando que o parto foi bem-sucedido. 

Pela manhã, o 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Oeste (EsqdHU-61), da Marinha, transportou mãe e filha até a Santa Casa de Corumbá, acompanhadas por um médico do Hospital Naval de Ladário. 

Ao mesmo tempo, outra gestante indígena, de 23 anos, moradora da Aldeia Uberaba, a 167 km de Ladário, foi resgatada após apresentar sinais de parto prematuro com 31 semanas de gestação. Ela também foi levada com apoio da Marinha e do Corpo de Bombeiros para atendimento especializado. 

A Marinha esclarece que os resgates em áreas de difícil acesso são realizados com helicópteros do Comando do 6º Distrito Naval, em cooperação com o Corpo de Bombeiros, e ocorrem apenas em casos de emergência. Condições meteorológicas, horário e distância influenciam a operação. 

O atendimento rápido por telefone e o transporte aéreo especializado garantiram cuidados médicos imediatos para mãe e filha. As ações reforçam a importância da integração entre instituições e o compromisso com a vida no Pantanal.

g1 MS

Deixe seu Comentário

Leia Também

Voltar