Israel Giron Arguelho, 30 anos, policial militar acusado de estuprar uma frentista em Campo Grande, foi achado morto no final da manhã desta terça-feira (17) na casa em que morava no bairro Ana Maria do Couto.
Ele estava afastado da função e fazia acompanhamento psicológico, segundo a advogada Alana Oliveira Mattos Boiko de Figueiredo, que o defendia no caso. Foi encontrado com um tiro na cabeça, fato que indica suicídio.
“Tudo indica que sim. Ainda ontem eu estive com ele”, contou a advogada a reportagem. “Desde a prisão ele estava confuso. Não entendia o porquê da acusação”, completou.
Em agosto deste ano o policial chegou a ser preso acusado de estuprar uma frentista de 24 anos. A vítima saia do trabalho, no Jardim Noroeste, na noite do dia 9 daquele mês, quando foi surpreendida por Israel.
Segundo relato da jovem, ele apontou arma para sua cabeça e a levou para um terreno baldio onde cometeu o estupro. Cinco dias depois foi preso. O policial, que sempre negou a autoria do crime, permaneceu em cárcere até setembro, quando conseguiu liberdade.
“Ele não entendia a acusação, precisou de intervenção psicológica com uso de medicação e acompanhamento semanal”. A advogada não sabe qual foi o gatilho que o induziu ao suicídio, já que, segundo ela, o andamento processual “estava caminhando bem”.
Ajuda
Seja em qualquer circunstância existem grupos de apoio e acolhimento às pessoas que passam por problema emocionais. Peça ajuda.
GAV (Grupo Amor Vida)
O GAV presta apoio emocional gratuito por telefone 0800-750-554, das 7h às 23h, inclusive sábados, domingos e feriados.
CVV (Centro de Valorização da Vida)
Outra entidade que oferece serviço de apoio emocional e prevenção ao suicídio, com atendimento 24h todos os dias, através do 188. É gratuito e sob total sigilo.
Caps (Centros de Atenção Psicossocial)
Lembrando que, diante da suspeita ou revelação sobre a intenção do suicídio, ligar imediatamente para o Samu, no 192, ou procurar as unidades de saúde 24hs.
Jéssica Benitez/Primeira Página