O fotógrafo e videomaker sul-mato-grossense, Silas Ismael, 32 nos, tem dedicado mais de uma década de sua carreira à captura das belezas do Pantanal e suas preciosidades. Sua paixão pelo mundo do audiovisual superou as tentações da tecnologia, levando-o a abrir mão de uma rotina confinada em quatro paredes em troca de um cenário único a cada dia.
Há nove anos, ele se tornou pioneiro no uso de drones e VANTs (Veículo Aéreo Não Tripulado) para produção de imagens aéreas em Mato Grosso do Sul. Atualmente, ele é o fundador e proprietário de uma produtora especializada em aerocinematografia, aerolevantamento, topografia e criação de conteúdo audiovisual. Suas imagens têm conquistado admiradores em todo o Brasil, tornando-se um grande sucesso em todo o país.
Filho de militar, Silas cresceu em uma família que sempre valorizou as viagens. Seu interesse pelo audiovisual começou quando trabalhava com T.I para uma emissora de televisão no Estado, local que iniciou em 2012. A partir desse momento, ele percebeu a necessidade de incorporar drones em seu trabalho, o que mudou completamente sua carreira e estilo de vida.
“Saí de uma sala fechada par um quintal diferente, todos os dias”, conta ao site o-sul-mato-grossense Entrevista. Hoje, a tecnologia da informação é uma ferramenta essencial tanto para ele pessoalmente quanto para sua produtora.
Silas conta a reportagem que começou com uma Kombi adaptada, batizada carinhosamente de “01”, equipada com energia solar para possibilitar atendimento remoto. Essa inovação servia como uma unidade móvel e um estúdio ao mesmo tempo. Posteriormente, ele deu um passo adiante, adquirindo uma Van e a nomeou de “Van Life Studio”.
Hoje, Silas atende a uma clientela diversificada, desde eventos sociais e esportivos até casamentos e até mesmo gravações de cirurgias com transmissões ao vivo. Sua capacidade de adaptação e versatilidade são evidentes em sua trajetória profissional.
Ver o mundo através de imagens aéreas é garantia de sucesso para Silas. A liberdade de movimentos e posições garantem uma imagem impressionante, pois através da tecnologia de Drones é possível ver movimentos e atingir lugares que antes eram impossíveis com aviões, helicópteros e técnicas como gruas (limitadas pelo alcance do braço).
Confira esse vídeo publicado em suas redes sociais, com mais de 60 mil visualizações sobre Costa Rica, a capital Estadual do Algodão e dos Esportes de Aventura.
Silas é formado em Tecnologia da Informação e a área audiovisual foi um ponto de virada em sua vida, permitindo-lhe explorar e trabalhar em lugares incríveis. Um dos destinos mais marcantes para Silas é o Pantanal da Serra do Amolar, uma região remota que faz fronteira com a Bolívia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Seu primeiro contato com esse local foi durante a gravação de um episódio do programa “Globo Rural”.
Silas também teve o privilégio de participar de várias gravações de filmes nacionais, séries e documentários internacionais. Um de seus projetos mais recentes é o longa-metragem “Rotas Monçoeiras: a História de um Rio e seu Povo”, no qual atua como diretor ao lado de Cid Nogueira.
Além disso, Silas Ismael contribuiu para projetos notáveis, como o seriado “Cementerios alrededor del mundo” no Chile, o documentário do World Animal Protection em Heredia e participações em programas como “Globo Repórter” e “Globo Rural”. Sua jornada é um testemunho de dedicação e paixão pela produção audiovisual em lugares extraordinários ao redor do mundo.
Confira agora o bate-bola que o fotógrafo sul-mato-grossense fez com o jornal o-sul-mato-grossense Entrevista.
O que o seduziu neste universo da fotografia e dos vídeos em drones?
Comecei pela demanda, em 2015 ví que era um nicho em potencial, foi meio natural, acho que descobri um dom na sorte, porque nessa área audiovisual nunca fiz um curso pago, descobri tudo fuçando, observando e na internet, diferente de informática que perdi as contas de quantos cursos pagos fiz.
Quem são suas inspirações na área?
As principais que me abriram a mente foram as produtoras de fora que eu pude trabalhar, eu via aqueles equipamentos, cases, drones que só conhecia pela internet, e pensava: “ainda vou chegar nesse nível”.
Acha que o Estado mudou desde que você começou a fotografá-lo?
Sim, tanto de natureza como infraestrutura, estradas, algumas pra melhor, outras pra pior… Mas a tendência é pra melhor, exemplo nas áreas remotas que antes não tinha nem energia, hoje já tem pontos com placa solar e internet.
Qual o local mais bonito que você fotografou ou filmou?
É difícil escolher o mais bonito, tem vários que a sensação é única, mas os que mais gostei foi os vários “pantanais” que pude conhecer, Chile e neve, e o litoral brasileiro. Mas o MS ainda tem muito lugar lindo e não descoberto.
Em que momentos você se sentiu que trocar a sala pelas lentes foi a escolha certa?
O principal foi sobre ter um “chefe” te cobrando o resto da vida e ter que viver em uma sala fechada, hoje meus chefes são meus clientes, e tenho a grande felicidade e liberdade de poder escolher.
O que você queria deixar de recado para quem esta começando na área que não te disseram quando começou?
Nunca esperar pra ter os melhores equipamentos, a melhor câmera, o melhor drone, começa com o que você tem disponível hoje, pra começar a ter condições melhores de fazer melhor ainda, eu comecei com um drone básico, e um celular, e ambos não chegavam nem próximo de ser os melhores da época, hoje tenho o básico da considerável linha de cinema.
Fonte: Viviane Freitas/o sul-mato-grossense