Polícia

Adolescente é morto em MS por facção após falsa acusação de estupro, diz polícia

Pai de uma jovem afirmou que sua filha havia sido estuprada pelo adolescente e por conta disso tramou o assassinato do rapaz

16 JAN 2024 - 09h:28 Por Redação/EC
Cinco suspeitos de envolvimento na execução durante tribunal do crime foram presos pela polícia de Deodápolis Cinco suspeitos de envolvimento na execução durante tribunal do crime foram presos pela polícia de Deodápolis - Foto: Divulgação

Um adolescente de 17 anos, morto por facção criminosa após ser vinculado a um possível caso de estupro na cidade de Deodápolis (MS), a 249 quilômetros de Campo Grande, foi vítima de falsa acusação. As informações são da Polícia Civil do Mato Grosso do Sul.

Boato de estupro foi inventado pelo pai de uma jovem que, supostamente, se relacionava com a vítima. O homem não aceitou o relacionamento da filha e planejou o crime, conforme explicou o delegado responsável pelo caso, Anderson Guedes de Farias.

Inconformado, o pai da jovem e mais quatro homens executaram o adolescente. "Um dos executores, pai de uma adolescente, ao descobrir um suposto relacionamento de sua filha com o rapaz de 17 anos, passou a acusar o rapaz falsamente do crime de estupro", afirmou o delegado.

Suspeitos gravaram o crime e publicaram as cenas nas redes sociais. O caso ocorreu no sábado (13).

Adolescente teve o pescoço cortado e foi esfaqueado no coração. Os suspeitos capturaram o jovem em sua casa, em Deodápolis, montaram um "tribunal do crime" e o levaram para a zona rural do município. Após o crime, eles fugiram.

Um familiar da vítima denunciou o caso na polícia e os suspeitos foram presos no domingo (14). Equipes da Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Deodápolis e em ação conjunta com a Polícia Militar, prenderam os cinco suspeitos. A arma do crime também foi localizada.

Todos confessaram o crime. No momento da prisão, a polícia verificou que três eram egressos do sistema penitenciário. "Trata-se de um crime bárbaro que comoveu a população do município, mas que teve uma resposta rápida e contundente das forças policiais que retiraram do convívio social indivíduos com alto grau de periculosidade", afirmou o delegado Farias.

Correio do Estado 

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