Polícia

"Golpe do presente": Grupo suspeito de obter R$ 14 milhões em mais de 270 vítimas é alvo de operação policial

25 NOV 2025 - 15h:27 Por Redação/WK
Operação está sendo cumprida nesta terça (25). Foto: Polícia Civil do Paraná Operação está sendo cumprida nesta terça (25). Foto: Polícia Civil do Paraná

Um grupo suspeito de movimentar mais de R$ 14 milhões com o "golpe do presente" em dezenas de vítimas está sendo alvo de uma operação policial na manhã desta terça-feira (25).

A ação é coordenada pela Polícia Civil do Paraná (PC-PR) e cumpre 172 mandados judiciais, incluindo 41 mandados de prisão, ordens de busca e apreensão e bloqueios de contas bancárias.

A investigação identificou ao menos 270 vítimas no Paraná, além de outras pessoas de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia.

A operação tem o apoio da Polícia Civil de São Paulo (PC-SP) e acontece nas cidades paulistas de São Bernardo do Campo, Diadema e São Paulo capital.

A polícia paranaense explica que a investigação teve início há cerca de um ano e identificou a estrutura da organização criminosa, bem como seu modo de ação. Em junho deste ano, a PC-PR apreendeu, em Curitiba, 12 máquinas de cartão adulteradas que foram utilizadas na aplicação do golpe.

"Os criminosos procuravam vítimas que estavam fazendo aniversário e se passavam por floriculturas ou lojas de chocolate. Alegavam que precisavam entregar à vítima um presente e que iriam cobrar uma taxa referente ao motoboy. A vítima era orientada a realizar o pagamento com o cartão bancário. Ao inseri-lo na máquina, o motoboy simulava erros nas transações e posteriormente ia embora. Essas máquinas eram adulteradas com softwares maliciosos que captavam as informações do cartão e a senha da vítima", explica o delegado Emmanoel David.

Em outras ocasiões, os golpistas passavam valores altos sem que a vítima percebesse ou trocavam o cartão dela por outro do mesmo banco.

Após a aplicação do golpe, o dinheiro era rapidamente pulverizado para diversas contas bancárias de laranjas com o intuito de ocultar os valores e dificultar o rastreamento pelas instituições financeiras e pela polícia, complementa a corporação.

Os nomes dos alvos não foram divulgados, e por isso a reportagem não conseguiu identificar as defesas deles.

Até a última atualização desta reportagem, 26 pessoas tinham sido presas na operação.

g1 PR

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