Suspeitos de envolvimento no assassinato de Edeilson Cardoso do Santos, o Delci, afirmaram à polícia que ele foi executado por pertencer ao Comando Vermelho, facção rival ao PCC (Primeiro Comando da Capital). O crime aconteceu na noite de sábado (26), após a vítima ser atraída para frente da casa dos pais no bairro Vale do Taquari, em Coxim.
De acordo com o boletim de ocorrência, após o assassinato da vítima a Polícia Militar foi acionada, assim como as equipes da Polícia Civil e Perícia. Uma testemunha chegou a relatar que Edeilson estava com a namorada em frente à residência quando foi alvejado. No entanto, até o momento a mulher não foi encontrada.
Os policiais deram início às diligências e durante as rondas encontraram um rapaz identificado como Gabriel da Silva Crepaldi Soares, 18 anos. Nervoso, ele mudou a direção quando viu a viatura na Rua 2 e foi abordado. Ele relatou que estava saindo da casa de Roger Nunes Vilalba, 21 anos, seu amigo, e seguia para sua residência.
Ainda segundo o registro policial, os militares pediram que o rapaz os levasse até a residência de Roger e então quando chegaram no local viram rastros de motocicleta que coincidiam com a descrição do veículo usado no crime. Os policiais decidiram entrar na casa, mas o dono e mais dois rapazes levantaram de forma repentina.
Roger tentou correr, mas acabou abordado. Aos policiais ele alegou ser integrante do PCC e era responsável pelo monitoramento e levantamento de membros das facções rivais. Conforme a versão do rapaz, Edeilson seria ligado ao Comando Vermelho e teve a morte encomendada.
Com isso, Roger junto com Gabriel, Vitor Vieira Pinto, 21, e Leandro Caces Oliveira, 28, ficaram responsáveis por monitoras e planejar a execução da vítima. No entanto, no sábado foram informados de que dois homens iriam cometer o crime. Eles saíriam de São Gabriel do Oeste em direção a Coxim para matar Edeilson.
A arma foi entregue aos homens por Roger. Eles chegaram em uma motocicleta vermelha e seguiram em direção à casa onde a vítima estava. Logo depois, Leandro foi avisado que a “missão” havia sido cumprida e eles iriam embora. Porém, o veículo usado pelos criminosos apresentou falha mecânica e foi deixado em um posto de combustíveis na BR-163.
Gabriel ficou responsável de buscar a motocicleta, mas foi abordado pelos policiais durante o deslocamento. Os quatro rapazes receberam voz de prisão e foram levados para a delegacia da cidade. Os militares buscaram o veículo no posto de combustíveis e entregaram na unidade policial junto com os celulares dos suspeitos.
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