O pai do bebê de 2 anos que matou a mãe, identificada como Deborah Rodrigues Monteiro, de 27 anos, com um disparo acidental, pode responder por homicídio culposo e omissão de cautela na guarda de arma de fogo. O caso aconteceu em Rio Verde de Mato Grosso, localizado no extremo norte de Mato Grosso do Sul, durante a noite de sexta-feira (13).
Diante do cenário, ele pode responder por 'homicídio culposo' - Artigo 121 do Código Penal - quando uma pessoa morre por ação ou omissão de outra, sem a intenção de matar, mas por imprudência, negligência ou imperícia. E 'omissão de cautela na guarda de arma de fogo', quando o proprietário ou possuidor de uma arma de fogo não toma as precauções necessárias para evitar que um menor de 18 anos ou pessoa com deficiência mental tenha acesso a ela.
Pelo homicídio, ele pode pegar pena de até 3 anos de prisão, mas depende muito do caso. Enquanto o outro crime, caso condenado, o homem pode ser preso por até 2 anos e ainda pagar uma multa estipulada pelo juiz que atender o caso.
O caso - Conforme o apurado pela reportagem, o homem é fazendeiro e produtor da região. Consta no boletim de ocorrência, que a família estava sentada na área externada da casa. Enquanto o casal conversava, o menino pegou a pistola e ficou brincando por alguns segundos, sem que os pais notassem.
Em determinado momento, ele efetuou o disparo. O pai do menor contou para a Polícia Militar que de primeiro momento, não identificou que o barulho era um tiro, acreditando ser uma 'bombinha' sendo estourada. Porém, instantes depois, notou que a esposa havia sido atingida e viu a arma nas mãos do filho.
Ele então gritou por socorro ao vizinho, que foi até o local e acionou o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e a PM, permanecendo no local enquanto a família ia até o Hospital Geral, para onde Deborah havia sido levada.
Enquanto conversa com os militares, o homem disse que guardou a pistola em cima da geladeira, para não ser pega novamente pelo pequeno. Ele foi então levado para o imóvel, onde entregou a arma 'numa boa' para a guarnição.
Apenas depois, ao retornar para o hospital, o homem ficou sabendo da morte da esposa. Diante da situação, ele foi levado para a Delegacia de Polícia Civil, para prestar esclarecimentos, mas acabou sendo liberado em seguida.
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