Polícia

Pastor confessa à polícia assassinato de cunhado

Crime ocorreu no dia 27 de fevereiro no Loteamento Nova Serrana, em Campo Grande

9 MAR 2022 - 17h:00 Por Redação/TR
Advogado Gerson dos Santos conversou com a reportagem enquanto acompanhava o cliente. Advogado Gerson dos Santos conversou com a reportagem enquanto acompanhava o cliente. - Foto: Paulo Francis

Nove dias depois, o pastor Célio de Alencar Castro, 35 anos, se apresentou na delegacia de Polícia Civil, em Campo Grande, e confessou o assassinato do cunhado Olivander Rodrigues Nogueira da Silva, de 27 anos. O crime ocorreu após discussão no Loteamento Nova Serrana, no último dia 27 de fevereiro.

O pastor esteve na 3ª Delegacia, acompanhado de advogado, nesta terça-feira (8). Ele alegou que na data dos fatos foi até a casa da irmã ajudar na mudança, pois ela estava em processo de separação. "Se iniciou uma discussão por motivo que ele não se recorda", afirmou o advogado Gerson dos Santos Costa.

Célio disse que viu o cunhado fazer menção de que iria tirar a arma da cintura, então os dois começaram a brigar. Célio conseguiu pegar a arma do cunhado e efetuou os disparos contra Olivander. Segundo o relato, na fuga, jogou a arma no Lago do Amor.

Informações seriam de que Célio teria descoberto que Olivander bateu na sogra e, por isso, cometeu o crime, no entanto, o advogado nega. Ele afirma que Célio só soube da agressão à mãe, depois que já havia fugido.

O caso

Conforme boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência e quando chegou ao local, encontrou um caminhão Ford/F350, estacionado em frente ao local, e Camila de Alencar Carlos, 33 anos, mulher da vítima, em estado de choque.

Ela disse que havia saído para comprar refrigerante e ao voltar, encontrou o marido dentro do quarto, caído ao lado da cama. O óbito foi constatado pelo Corpo de Bombeiros. Indagada se sabia de algum desentendimento do esposo com alguém, Camila respondeu que Olivander constantemente a agredia e ameaçava seus familiares de morte.

Segundo a mulher, um pouco antes do crime, o marido havia discutido e agredido a sua mãe, no Bairro Tiradentes. Fato que deixou o seu irmão, Célio, bastante irritado. Ao receberem a informação, os policiais foram até a casa de Célio, na mesma rua, onde foram recebidos por Ana Lúcia, esposa do suspeito.

Segundo Ana, o marido havia feito os disparos contra o cunhado, mas tinha fugido e não sabia do seu paradeiro. Ana Lúcia contou que além de agredir a esposa, Olivander tocava o terror na vizinha e, em um domingo, havia dito que tiraria todos os móveis de Camila da casa e jogaria na rua.

Célio, então, disse ao cunhado que arrumaria um caminhão e o ajudaria a fazer a mudança da irmã. Na sequência, Ana Lúcia contou que os dois foram atrás de um caminhão e ao retornarem para a casa, ouviu os estampidos. Após os disparos, segundo os vizinhos, Célio fugiu em um Fiat Uno branco.

Ao lado do corpo de Olivander, foi encontrado tablete de maconha e mais cinco porções em cima da geladeira na cozinha. Camila não soube informar se o entorpecente pertencia ao marido. No local, também foi apreendida uma balança de precisão. Conforme as primeiras informações da perícia, no corpo, havia sete perfurações (de entrada e saída) na região da cabeça.

Condenado - No dia 31 de dezembro de 2012, Olivander foi preso em flagrante por matar o tio, José Renato Rodrigues, de 56 anos. O crime aconteceu no Jardim Presidente, em Campo Grande, quando ele participava de uma festa na casa da vítima e foi expulso por ela depois de brigar com a esposa. Olivander voltou armado para o local e deu dois tiros no parente. Ele foi condenado a 12 anos de prisão pelo homicídio. 

Dayene Paz e Ana Beatriz Rodrigues - Campo Grande News

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