Polícia

Preso homem que forçou vítimas a jogar roleta-russa no "tribunal do crime" em MS

Geovane Silva foi condenado pelo crime em janeiro de 2023

13 MAR 2025 - 10h:30 Por Redação/EC
Objetos usados na tortura apreendidos com grupo na época dos fatos. Objetos usados na tortura apreendidos com grupo na época dos fatos. - Foto: Divulgação / BPM Choque

A Polícia Militar chegou a localização de Geovane Silva de Jesus, de 27 anos, condenado pela Justiça por torturar dois homens no chamado "tribunal do crime" do PCC (Primeiro Comando da Capital), crime ocorrido na madrugada do dia 23 de fevereiro de 2022, em Campo Grande. Na época, os dois homens foram obrigados a fazer roleta-russa na cabeça um do outro e foram resgatados pela polícia no Jardim Centro Oeste.

Geovane agiu com outros seis comparsas, que torturaram as vítimas, apontadas como autoras de furto na região conhecida como invasão da Homex, no Centro Oeste. Então, acabou condenado em janeiro do ano seguinte ao crime, a dois anos e sete meses de prisão, em regime fechado. Além disso, Geovane tem passagens criminais por tráfico de drogas, roubo, porte de arma, lesão corporal e furto.

Na quarta-feira (12), equipe da PM estava em diligências no Bairro Guanandi, quando abordou um grupo, que ficou nervoso com a aproximação da viatura. Ao checar os abordados, foi constatado que havia mandado de prisão em aberto no nome de Geovane. Ele foi preso e levado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Cepol.

Relembre o caso - Tudo começou depois de as vítimas de tortura cometerem furto na residência de um dos suspeitos. Eles entraram na casa de Felipe da Penha Davalos, na favela da Homex, e levaram vários itens, que foram vendidos para compra de droga.

Três dias depois, foram abordados por Wellynton Luiz da Silva Sanchez e Romário Bezerra Lopes, que queriam os pertences de volta. As vítimas foram colocadas em um veículo HB20 e conseguiram recuperar alguns deles. Depois, foram levadas até um imóvel na favela, onde começou a tortura para dizerem onde estavam os outros pertences furtados.

Segundo a polícia, Romário fez roleta-russa, um jogo de azar em que se coloca uma bala no revólver, gira o tambor e atira. Em determinado momento, Romário deu o revólver na mão das vítimas, que foram obrigadas a disparar contra a cabeça uma da outra.

A todo momento, de acordo com as vítimas, o grupo ficava em ligação com presidiários esperando o aval do "juiz do crime" para matá-las. No entanto, o Batalhão de Choque chegou a tempo de impedir.

Ao chegar na frente do local indicado, os policiais encontraram Geovane Silva de Jesus armado com uma faca, sentado e fazendo vigia. Ouviram também gemidos e gritos vindos de dentro do imóvel, então entraram. No local, os militares flagraram seis homens espancando as duas vítimas, sentadas e amarradas com as próprias camisetas. Uma delas teve o cabelo cortado. Os suspeitos estavam armados com instrumentos variados, com machadinha, machado, faca, ripa de madeira e arma de fogo.

CGNews

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