Em mais uma investida para desmontar a rede de contrabando instalada na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, a Receita Federal do Brasil e forças policiais deflagraram operação nesta quarta-feira (20) contra organização criminosa instalada nas cidades de Dourados e Douradina.
Nessas duas cidades existe rede bem estruturada de entrepostos de produtos contrabandeados trazidos do país vizinho usando como rotas as rodovias BR-463 e BR-163 e introduzidos ilegalmente no mercado brasileiro.
A Operação Fronteira RFB 2023 começou com desmonte de depósitos clandestinos nos dois municípios. Segundo o órgão federal, essas instalações clandestinas são utilizadas pelos criminosos para armazenagem temporária de mercadorias, como forma de driblar a fiscalização da Receita Federal e das forças policiais.
Liderada pela Receita Federal e pela Defron (Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira), a operação tem apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e do Exército Brasileiro, no contexto da Operação Ágata. Helicóptero da PRF auxilia nas buscas.
“Esses locais servem para armazenar as mercadorias que entram no país sem pagamento dos tributos devidos e posteriormente são enviadas para outros estados, causando prejuízos à sociedade”, afirmou o delegado da Receita Federal em Campo Grande, Zumilson Custódio da Silva.
Segundo ele, na operação anterior, em junho deste ano, foram apreendidos pelo menos R$ 2 milhões em mercadorias ilegais no distrito de Vila Vargas, povoado pertencente ao município de Dourados localizado nas margens da BR-163.
Conforme a Receita, antes conhecida como “Fronteira Legal”, a operação teve sua primeira edição em 2021, no município de Dourados e seu entorno. Esta terceira edição expandiu sua atuação para outros municípios de Mato Grosso do Sul e Paraná. O balanço da operação ainda será divulgado.
A reportagem apurou que entre os alvos das buscas estão hotéis localizados na margem da BR-163, mesmos estabelecimentos onde grande quantidade de contrabando foi apreendida em operações passadas.
Helio de Freitas, de Dourados/campograndenews