Política

Eleições municipais serão definidas com base em projeto de gestão, diz Azambuja

O ex-governador não acredita que a influência de lideranças políticas será definitiva para a vitória de "candidato A ou B"

18 JAN 2024 - 05h:54 Por Redação/EC
O ex-governador Reinaldo Azambuja analisou os cenários para as eleições municipais deste ano. O ex-governador Reinaldo Azambuja analisou os cenários para as eleições municipais deste ano. - Foto: Arquivo

As eleições municipais para a escolha dos prefeitos dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul vão pender para os candidatos e as candidatas que apresentarem, durante a campanha eleitoral, os melhores projetos de gestão para suas respectivas cidades.

A garantia foi dada pelo ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do PSDB, durante entrevista exclusiva ao Correio do Estado para analisar se a influência dele ou da senadora Tereza Cristina (PP) serão cruciais para a vitória de seus candidatos no pleito deste ano.

“O PSDB e o PP têm muitos candidatos e, por isso, há muitas alianças entre ambos em vários municípios de Mato Grosso do Sul. Existem alguns municípios onde teremos um embate, sim, é verdade, porém, não existe animosidade entre os dois partidos e muito menos entre suas principais lideranças”, afirmou Reinaldo Azambuja, referindo-se à sua relação com a amiga de longa data Tereza Cristina.

Caminhando juntos

Ele argumentou que PSDB e PP terão mais cidades onde deverão caminhar juntos nas eleições do que cidades onde vão se enfrentar.

“Além disso, não será a minha influência ou a da Tereza Cristina que fará com que o eleitor escolha o meu candidato ou o candidato dela para ser o futuro prefeito ou prefeita de sua cidade”, assegurou.

Hoje, de acordo com o ex-governador, os eleitores estão mais conscientes e também mais exigentes na hora de escolherem seus candidatos, ainda mais para prefeito, em razão de escolhas ruins no passado em Campo Grande e em muitos municípios do interior do Estado.

“A população está mais atenta e quer opções de candidatos com capacidade para resolver os problemas das cidades onde vive. A influência de fora, seja minha ou da Tereza Cristina, não deve pesar na escolha por esse ou por aquele candidato ou candidata à prefeitura municipal. Nas proporcionais, até acredito que isso possa fazer a diferença, mas nas majoritárias o peso é a competência dos postulantes aos cargos”, projetou.

Bola cheia

Na opinião do líder tucano, hoje, nem ele nem Tereza Cristina têm tanta influência quanto o governador Eduardo Riedel (PSDB), que acumula uma aprovação de mais de 80% da população de Mato Grosso do Sul.

“Esse, sim, deve ser o fiel da balança e influenciar na escolha do eleitor pelo candidato A ou B”, analisou.

Para o ex-governador, atualmente, o maior cabo eleitoral dos candidatos a prefeito dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul nas eleições deste ano é Eduardo Riedel, e quem conseguir tê-lo ao seu lado dará um grande passo rumo à vitória, pois o atual governador tem muita credibilidade.

“Mesmo assim, ainda acredito que o candidato vitorioso na eleição para prefeito, seja na Capital, seja nas cidades do interior, será aquele que apresentar o melhor plano de governo, aquele que mostrar como resolver o problema da sua localidade”, ressaltou.

Reinaldo Azambuja disse que pode garantir que o eleitor vai focar esse tipo de candidato, ou seja, aquele nome que tiver boas propostas. 

“Porém, independentemente disso tudo, depois do Carnaval, quando o ano realmente começa no Brasil, vamos iniciar para valer a nossa campanha eleitoral para que possamos fazer o maior número possível de prefeitos em Mato Grosso do Sul”, avisou o presidente estadual do PSDB.

Para isso, de acordo com o ex-governador, o partido lançará candidaturas próprias a prefeito onde for possível; onde não for, vai compor com siglas aliadas, como PP, MDB e PSB, entre outros.

Daniel Pedra/Correio do Estado

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