Desde maio deste ano, três trechos da BR-163 que não têm mais lombadas eletrônicas preocupam quem precisa atravessá-los para ir à escola e quem tem comércio à beira da rodovia, em Anhanduí, distrito de Campo Grande.
Presidente da associação de moradores da região, Genivaldo Pedroso conta que o medo é maior com relação aos alunos da Escola Municipal Isauro Bento. "Tem criança que mora do outro lado da BR e precisa atravessar, mas os motoristas de caminhão não param. Poucos têm consciência".
Diretor da escola, Júlio Benites diz que os estudantes levam de 5 a 10 minutos para conseguir atravessar na faixa de pedestres. "Os caminhões descem embalados. Não esperam". Estão matriculados 250 alunos no período matutino e mais 250 no vespertino.
O pai de um aluno doou uma faixa que pede redução da velocidade na área escolar. Mas ela não pode ser vista à noite, turno em que cinco salas da escola ficam emprestadas para aulas ao Ensino Médio.
Júlio afirma que um painel digital pedindo a redução da velocidade surgiu em frente à escola na semana passada. Mas a medida não resolve. "O redutor de velocidade precisa ser colocado de volta, porque é o mais eficiente para prevenir acidentes", pede em nome dos estudantes e funcionários da escola.
Comerciantes - Genivaldo ressalta que são prejudicados também os cerca de 20 comerciantes que vendem produtos aos turistas à beira da rodovia.
"Fica mais difícil para o comprador parar e para os próprios vendedores atravessarem, quando precisam", fala o presidente da associação.
Concessionária - Responsável pelo trecho da BR-163 que corta Anhanduí, a concessionária CCR MSVia afirmou em nota que outras lombadas eletrônicas serão instaladas nos locais, mas não citou em qual prazo.
"Todos os radares previstos no contrato de concessão estão em operação e atendem as normas técnicas do Inmetro. Os demais radares estão em processo de substituição/atualização, e seguem em tratativas com a Agência Reguladora para futuras instalações", escreveu.
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