Saúde

Casos de dengue em 6 meses de 2023 superam os números de 2021 e 2022 juntos em Mato Grosso do Sul

Neste ano, 32 mil pessoas foram diagnosticadas com dengue; em 2021 e 2022 foram 29 mil

26 JUN 2023 - 07h:10 Por Redação/PL
Mato Grosso do Sul ultrapassa 30 mil casos de dengue em 2023. Mato Grosso do Sul ultrapassa 30 mil casos de dengue em 2023. - Foto: Gerson Oliveira

Dados divulgados pelo Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontam que 32.155 pessoas foram diagnosticadas com dengue, entre 1º de janeiro e 20 de junho de 2023, em Mato Grosso do Sul. Os casos prováveis somam 48.921 neste ano.

Números mostram que 29.355 testaram positivo para a doença em 2021 e 2022, sendo 8.027 em 2021 e 21.328 em 2022.

Portanto, os casos de dengue em apenas seis meses de 2023 superam os números dos anos de 2021 e 2022 juntos.

Os municípios com maior número de casos confirmados são Campo Grande (9.333), Três Lagoas (4.308), Dourados (1.227), Maracaju (1.110), Corumbá (1.098), Ponta Porã (1.058), Ivinhema (948), Bela Vista (924), Itaporã (821), Caarapó (765), entre outros.

Mato Grosso do Sul é o 10º estado do Brasil com maior incidência de dengue. Dos 79 municípios, 72 estão com alta incidência da doença (casos confirmados/população x 100 mil hab).

Questionada pela reportagem, em 4 de junho de 2023, qual doença é mais alarmante no momento, Covid-19, Influenza ou dengue, a SES afirmou que todas precisam de cuidados e conscientização da população, tanto para completar o esquema vacinal, quanto para manter os quintais de casa limpos.

"A SES/MS ainda esclarece que o êxito das ações só se concretizará com a conscientização da população, agente fundamental, para a redução de todos os agravos. A SES/MS recomenda que a população complete seu esquema vacinal tanta da Covid-19 como da Influenza e mantenha seus quintais limpos e evite a alto medicação em casos de dengue, a hidratação se faz necessária em caso de confirmação da doença", afirmou, por meio de nota enviada ao Correio do Estado.

Para reduzir e frear a dengue, a secretaria ressaltou que o Ministério da Saúde encaminhou ao Estado inseticida que auxiliará no manejo epidemiológico das arboviroses.

Mortes

Dados da SES apontam que 28 pessoas faleceram vítimas da doença em 2023. No ano passado, foram 24 mortes.

Das 28 mortes, 17 são do sorotipo Dengue 1. Os óbitos ocorreram nos meses de janeiro (1), fevereiro (4), março (12), abril (8) e maio (3).

As mortes foram registradas nos municípios de Rio Verde de Mato Grosso (1), Aquidauana (2), Aparecida do Taboado (2), Três Lagoas (6), Brasilândia (1), Ribas do Rio Pardo (1), Campo Grande (3), Guia Lopes da Laguna (1), Bela Vista (1), Dourados (4), Ivinhema (1), Laguna Carapã (1), Juti (1), Amambaí (1), Naviraí (1) e Mundo Novo (1).

Dengue

A dengue é uma arbovirose comum no Brasil e é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti.

O período do ano com maior transmissão da doença é o verão: meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março. Isto ocorre porque esta época chove muito, e, o acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, maior disseminação da doença.

O mosquito Aedes Aegypti também transmite outras doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

A enfermeira Nivea Lorena explicou que os sintomas da dengue são dor de cabeça, dor nos ossos, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, vômito, febre, mal-estar e falta de apetite. Em alguns casos, a doença pode evoluir para casos mais graves ou não.

O tratamento da dengue é sintomático, ou seja, feito para aliviar os sintomas. A hidratação é fundamental durante o tratamento. Os medicamentos recomendados, em caso de dor, são paracetamol ou dipirona.

Prevenção

Existem formas de prevenir e combater a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Confira:

- Evitar deixar água parada em vasos de plantas;
- Manter caixas d'água bem fechadas;
- Eliminar acúmulo de água sobre a laje;
- Manter garrafas e latas tampadas;
- Fazer manutenção em piscinas;
- Manter pneus ou outros objetos que possam acumular água em locais cobertos;
- Tampar ralos;
- Usar repelentes;
- Fumacê;
- Método Wolbachia.

Naiara Camargo/Correio do Estado

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