Saúde

Em 6 meses, 23 bebês nasceram com sífilis na Capital

Doença tem tratamento gratuito pelo SUS e pode evitar sequelas graves em bebês recém-nascidos

11 JUL 2023 - 07h:10 Por Redação/PL
Teste para IST pode ser feito gratuitamente pelo SUS. Teste para IST pode ser feito gratuitamente pelo SUS. - Foto: Divulgação/Sesau

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) alerta sobre o aumento de casos de sífilis em gestantes e recém-nascidos em Campo Grande. Até junho, foram 200 casos nas mães e 23 nos bebês. 

O risco nessas condições é tanto para a grávida quanto para as crianças, já que é possível ocorrer parto prematuro, malformação do feto e até ao óbito ao nascer. Na população em geral foram registrados 800 casos nos primeiros seis meses deste ano. 

A gerente técnica de saúde da mulher da Sesau, Karine Jarcem, explica que o nascimento de crianças geradas por mulheres que não fizeram o acompanhamento de sifílis de forma adequada impacta em toda a rede de saúde.

“Após o parto, as mães são liberadas em até dois dias, mas as crianças que são tratadas ainda como casos suspeitos ficam internadas por dez dias, o que impede que outras mulheres sejam também internadas, uma vez que não terá leito para seu filho”, explica.

Para evitar problemas, a Sesau, por meio do serviço de IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis) realiza ações constantes para que o diagnóstico seja o mais precoce possível e o tratamento seja iniciado. As crianças que testam positivo para a doença realizam, ainda no hospital, exames como hemogramas, radiografias de ossos longos, punção lombar e carga viral.

“O tratamento para essas crianças pode ser feito tanto em unidades hospitalares, quanto nas unidades básicas, contudo, como as mães já não fizeram o acompanhamento adequadamente, os médicos, na maioria dos casos, optam por manter essas crianças internadas”, completa a coordenadora do serviço de IST, Fabiane Dittmar.

Serviço gratuito – Em todos os casos positivos para sífilis, mesmo que o exame tenha sido realizado na rede particular, o tratamento contra a bactéria é feito exclusivamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), variando de acordo com a carga viral do paciente.

Conforme a coordenadora do serviço de IST, em geral, o tratamento é feito através do uso de penicilina, mas também há outros medicamentos que são utilizados de acordo com cada caso.

“Sempre será avaliado o quadro clínico de cada paciente. O tratamento pode ser ofertado nas unidades básicas, ou, no caso daqueles pacientes que já apresentam sequelas neurológicas, nos hospitais de referência”, conclui Fabiane.

Antonio Bispo/campograndenes

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