Saúde

Epidemia de dengue mata 28 e H1N1 chega antes do inverno em MS. Coronavírus não é a única ameaça

30 ABR 2020 - 11h:11 Por Redação
Militares do Exército fizeram a desinfecção do Pronto Atendimento Médico do HRMS para evitar o coronavírus Militares do Exército fizeram a desinfecção do Pronto Atendimento Médico do HRMS para evitar o coronavírus - Foto: Divulgação

A pandemia causada pelo coronavírus não é o único problema, mas, sim, outro grave problema de saúde pública em Mato Grosso do Sul. A epidemia de dengue atinge os 79 municípios, fez 52,3 mil vítimas e já matou 28 pessoas só neste ano. Assim como a gripe causada pelo vírus H1N1, que chegou antes do inverno e causou oito mortes no Estado.

No entanto, devido à rapidez do contágio e alta taxa de letalidade, a Covid-19 causou mais impacto, porque exigiu medidas drásticas, como a paralisação da atividade econômica e isolamento social.

Mesmo com apenas 249 casos confirmados no Estado, com nove óbitos, a pandemia segue como ameaça à população

O Brasil notificou 78,1 mil vítimas e 5.466 mortes causadas pelo coronavírus. O número de óbitos supera a China, onde tudo começou e parece estar sob controle desde o início deste mês. No mundo, mais de 3 milhões de pessoas contraíram a Covid-19 e outras 224,7 mil morreram.

Confira os números das epidemias que atingem MS

Para evitar tragédia semelhante, as autoridades de saúde ampliaram o número de leitos em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e em hospitais. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, dos 152 leitos intensivistas, apenas um estava ocupado ontem (29). Apenas cinco das 879 vagas nas enfermarias estavam com pacientes.

Só que a mesma tranquilidade não ocorre em relação a dengue

Boletim divulgado na quarta-feira (28) mostra que 52.332 pessoas contraíram dengue em quatro meses no Estado. O surto da doença começou no ano passado, quando fez 85.177 vítimas.

A dengue matou 28 pessoas neste ano, contra 29 no ano passado. Em 2020, as mortes ocorreram em Campo Grande (5), Corumbá (4), Chapadão do Sul (2), Mundo Novo (2) e Naviraí (2). Outros 13 municípios tiveram um óbito.

A situação é tão crítica, que até o vírus H1N1 antecipou a chegada ao Estado. De acordo com o Governo Estadual, de janeiro até ontem, oito pessoas morreram em decorrência da influenza no Estado, sendo um de H1N1 e um do Influenza B. As duas doenças podem ser evitadas por meio da vacina disponibilizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Seis mortes não tiveram o vírus identificado.

No total, conforme a Secretaria de Saúde, são 35 casos confirmados neste ano da H1N1 em MS. No ano passado, a doença matou 61 pessoas no Estado

O médico Ronaldo Costa, do Hospital Universitário de Campo Grande, alerta que a situação é dramática e exige atenção máxima da população. Como não há vacina nem remédio, o risco de explosão no número de casos causados pelo coronavírus é iminente no Estado.

Além do contágio se propagar em velocidade meteórica, a Covid-19 leva um número maior de vítimas para a UTI. Outro problema é a taxa de letalidade. A dengue causou a morte de 0,053% (28) dos 52,3 mil infectados. O coronavírus causou a morte de 3,61% dos 249 contaminados no Estado. No País, a taxa de letalidade é de 6,9%. Entre os idosos, o percentual atinge quase 20%.

As medidas de prevenção são simples e ignoradas por parte da população

Contra a dengue, limpar os quintais e evitar recipientes e locais que acumulem água. A Covid-19 deve se adotar o isolamento social e lavar as mãos (ou usar álcool gel). O mesmo pode ser adotado contra o H1N1, que é a única das três a contar com vacina.

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