O apresentador Fausto Silva terá de passar por um transplante cardíaco, por conta do agravamento de um caso de insuficiência cardíaca. A informação foi divulgada neste domingo (20), por um boletim médico do Hospital Albert Einstein.
Faustão foi incluído, portanto na fila de transplantes de órgãos, que é gerenciada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, mas o grande volume de procedimentos faz com que a quantidade de pessoas ainda precise passar por uma lista de espera.
Veja abaixo um resumo de como funciona o processo, com informações do Ministério da Saúde e da Associação Brasileira de Transplante de Orgãos:
- O primeiro passo é que o médico responsável cadastre o paciente na lista única de transplantes;
- A lista é gerida e organizada pela Secretaria Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde;
- A lista funciona por ordem cronológica de cadastro, ou seja, por ordem de chegada;
- Os pacientes que estão na fila são classificados de acordo com as necessidades médicas;
- Entre os tópicos de classificação estão o órgão que o receptor precisa, qual o estágio de gravidade da doença, qual o tipo sanguíneo e outras especificações técnicas;
- A compatibilidade genética também é um fator importante na decisão de quem receberá o órgão;
- Outro fator fundamental é a localização porque é preciso levar em conta o tempo de isquemia, que é o tempo de duração deste órgão fora do corpo;
- O tempo de isquemia, inclusive, determina que se um carro ou avião será usado para o transplante, com custos arcados pelo SUS;
- Além das particularidades, entre os fatores de desempate estão a gravidade da doença e crianças, que são prioridade tanto em caso de o doador ser uma criança como quando concorrem diretamente com adultos.
Fila passou de 50 mil em 2023
O g1 procurou o Ministério da Saúde, em busca do tamanho atual da fila de transplantes no Brasil, mas ainda não obteve retorno.
Em março, o Jornal Nacional mostrou que, pela primeira vez desde 1998, a fila de transplante de órgãos no Brasil passou de 50 mil pessoas. O dado é da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. A maioria dos pacientes esperava por um rim, quase 30 mil pessoas.
A Associação Brasileira de Transplantes alerta que precisa aumentar as autorizações para doação de órgãos. Em 2022, o percentual de recusas foi recorde: 47%. Nos anos anteriores, esse índice ficava em torno de 40%.
g1