O Governo do Estado anunciou aporte de R$ 60 milhões a Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul) durante reunião com membros da diretoria do plano e parlamentares na noite desta terça-feira (15), em Campo Grande.
De forma parcelada, a gestão de Eduardo Riedel (PSDB) irá enviar para a Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) um projeto de lei que prevê a concessão do valor, como contrapartida da contribuição do plano no enfrentamento à pandemia de covid-19.
Diante o repasse previsto, a Cassems deve reduzir a contribuição fixa por beneficiário de R$45 para R$35, limitada a R$ 140 por grupo familiar natural, não abrangendo os agregados, além do fator participativo para próteses em cirurgias.
No contexto financeiro apresentado aos parlamentares, a Cassems revelou um passivo de R$ 190 milhões e R$ 90 milhões, resultando em um deficit de R$ 60 milhões. Projeções indicam que, ao final de 2024, o passivo pode atingir R$ 46,5 milhões. Além disso, a sinistralidade aumentou 14,52% no primeiro semestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior.
No anúncio, estiveram o presidente da caixa, Ricardo Ayache, o conselheiro de Administração, Lauro Davi, o conselheiro fiscal, Wilson Xavier, o secretário de Governo e Gestão Estratégica, Pedro Caravina e a comissão mista da Alems, formada pelos deputados estaduais Londres Machado (PP), Coronel David (PL), Pedro Kemp (PT), Lia Nogueira (PSDB) e Roberto Hashioka (UB), e o representante do Fórum dos Servidores Públicos, Thiago Mônaco, o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Jaime Teixeira, e o vice-presidente da Feserp (Federação Sindical dos Servidores Públicos Estaduais), Michel Vaz.
Prestação de contas - Mais cedo Ayache e Davi estiveram no TCE (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) para sugerir que a Corte fiscal analise os balanços financeiros do plano de saúde.
Foi aprovada a elevação da contribuição dos funcionários estaduais à Caixa de Assistência diante da exposição de déficit nas receitas, o que gerou debate sobre como equacionar as contas do serviço de saúde com menor ônus aos servidores.
"Viemos ao TCE para buscar, considerando a respeitabilidade do Tribunal, uma avaliação das nossas contas, da contabilidade da Cassems e processos internos, para que a gente tenha a oportunidade de oferecer ao servidor público, além das auditorias que já temos, auditorias externas, da avaliação da ANS, tenhamos também um parecer do TCE", explicou Ayache.
Gustavo Bonotto e Maristela Brunetto/campograndenews