Técnicos da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), monitoram focos de raiva bovina em Mato Grosso do Sul. A doença é transmitida por morcegos, popularmente conhecidos como morcegos vampiros.
Nove focos foram encontrados em Cassilândia, município localizado a 435 km de Campo Grande. Em Paraíso das Águas e Costa Rica mais de 100 animais já morreram com a doença, segundo informações da agência.
De acordo com o coordenador dos Programas Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH) e de Prevenção e Vigilância da Encefalopatia Espongiforme Bovina (PNEEB), o Fiscal Estadual Agropecuário, Fábio Shiroma, o trabalho da equipe da Iagro ganha agilidade e eficiência com a comunicação do produtor.
“O controle preventivo e a vacinação dos bovinos são fundamentais para evitar a doença, que não tem cura”, reforça Shiroma.
A vacinação não é obrigatória, mas a Iagro recomendou que os produtores da região façam a imunização no rebanho, destacando a importância do reforço da dose 30 dias depois.
Cuidados
É preciso estar sempre atento aos possíveis abrigos dos morcegos, transmissores da raiva e notificar a agência o mais rápido possível. Uma das principais orientações e que o produtor não toque no animal quando identificar algum sintoma suspeito ou quando os animais estiverem com marcas de sugadura de morcegos.
Os sintomas são: perda de apetite, salivação, andar cambaleante, dificuldade em se alimentar, se movimentar e se deitar.
A doença
A raiva é uma doença que acomete o Sistema Nervoso Central (SNC) dos mamíferos, inclusive do homem. A letalidade é próxima a 100%.
O período de incubação da doença é longa, variando em média de 45 a 60 dias. Já resposta imunológica da vacinação se inicia em média com sete a 10 dias, o que explica o fato de alguns animais que receberem a vacinação morrerem com a doença.
A morte é comum até que todos os animais estejam protegidos pela vacina.
Por: Beatriz Magalhães – Correio do Estado