Artigo

De Turquinho a Toninho do Morro

Por: Rosildo Barcellos*

23 JUL 2021 - 11h:21 Por Redação/TR

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) surgiu no governo do presidente Washington Luiz, em 1928, através do Decreto nº 18.323 - que definia as regras de trânsito à época, com a denominação inicial de "Polícia de Estradas". 

O início do trabalho efetivo coube a um personagem marcante na história da PRF, Antonio Felix Filho, o “Turquinho”, que foi chamado para organizar os “serviços de vigilância das rodovias Rio-Petrópolis, Rio-São Paulo e União Indústria”. 

Mormente, de um início aonde o patrulhamento era restrito a três rodovias cariocas, atualmente, a PRF cuida de mais de 70 mil quilômetros de rodovias em todo o Brasil; apreende mais de 150 toneladas de drogas por ano; recupera mais de 2 mil veículos roubados no mesmo período; combate os crimes ambientais, sanitários, fiscais, cibernéticos, de trânsito e tem um índice de aceitação de 85% da população brasileira.

A PRF, é dotada de segmentos, cujos integrantes recebem treinamento especializado para atuar em ações específicas – como em Operações de Controle de Distúrbios, Ações Táticas, Tiro de Precisão, ações em área de caatinga, motopoliciamento, emergências da área de saúde (APH), operações com cães, e instrução de trânsito através de teatro e engajamento junto a unidades escolares, com o Projeto “Educar PRF” e Fetran, que pensa no futuro do trânsito, participa de vistorias em transporte escolar, auxilia ao controle e serviço de batedor para cargas indivisíveis e superdimensionadas, verifica o trânsito de menores e estrangeiros, combate ao tráfico de órgãos, recaptura fugitivos da justiça e orienta os turistas nas suas demandas. 

Auxilia as operações desenvolvidas pelo Ministério Público e Conselhos Tutelares, faz fiscalização com "drones", helicópteros, assim como resgate aéreo e desencarceramento de acidentados, resgate de trabalho escravo e pessoas em situação de vulnerabilidade, participando de campanhas de arrecadação de alimentos e agasalhos.

Possui instrutores próprios, em mais de 40 disciplinas diferentes, habilitados inclusive em direção defensiva, escolta de dignatários, libras, Psicologia das emergências, Relações institucionais e Direitos Humanos, voltados para a excelência na formação, treinamento e capacitação dos seus policiais.

Neste contexto, o processo de consolidação da PRF como uma polícia cidadã, reconhecida e respeitada pela sociedade, está diretamente relacionado à qualidade pedagógica construída e aprimorada através das décadas nesta Instituição e com a implementação da Academia Nacional da Polícia Rodoviária Federal, em Florianópolis/SC, hoje, Universidade Corporativa PRF, veio a corroborar o processo de diuturna e progressiva modernização na difusão do conhecimento em técnicas policiais e em segurança pública. 

Ademais, foi pioneira por receber um grupo de 16 policiais haitianos, que, através do Projeto de Cooperação Técnica firmado entre Brasil e Haiti, fizeram parte de capacitações policiais sem precedentes. Outrossim, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) é competente para lavrar o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), previsto no artigo 69 da Lei 9.099/95, e Boletim de Ocorrência Circunstanciado (BOC), previsto na Lei 8.069/90. Fato que atende ao princípio constitucional da eficiência previsto no art. 37 da Constituição Federal de 1988. 

A PRF é a única instituição assim, que une o braço do Estado e o coração das pessoas, une modernidade e tradição, experiência e habilidade. Começou com “Turquinho” e continua com “Toninho do Morro” (PRF Antonino 51 anos de PRF, no Posto Rancho Alegre no município de Morrinhos). 

A sociedade brasileira agradece a esses abnegados construtores da  harmonia e da paz, posto que ainda que poucos, fazem muito mais, e sempre foi assim, desde o primeiro minuto destes noventa e três anos.

*Articulista

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