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Avião é obrigado a dar meia-volta nos EUA depois de coração ser esquecido a bordo

Órgão deveria ter sido retirado em escala em Seattle e entregue a hospital. Segundo passageiro, após choque inicial, pessoas a bordo ficaram preocupadas se avião chegaria ao destino a tempo para salvar vida.

14 DEZ 2018 - 18h:00 Por Redação/TR
Rota do voo 3606 da Southwest Air em aplicativo usado por passageiro no dia do voo Rota do voo 3606 da Southwest Air em aplicativo usado por passageiro no dia do voo - Foto: Reprodução/Andrew Gottschalk

Um avião que estava a caminho de Dallas, no Texas, teve que dar meia-volta e retornar ao aeroporto de Seattle, em Washington, quando a tripulação se deu conta de que um coração humano, que deveria ter sido retirado naquela cidade, continuava a bordo.

O incidente aconteceu no voo 3606 da Southwest Airlines, no domingo (9). Segundo o jornal “Seattle Times”, os passageiros foram surpreendidos quando o capitão anunciou no sistema de som que eles seriam obrigados a retornar ao ponto de partida e explicou o motivo.

O coração teve como origem a cidade de Sacramento, e deveria ter ficado em Seattle, onde seria recebido por um hospital, de acordo com a companhia aérea, que não soube especificar se ele seria usado em um transplante. A empresa também não conseguiu dizer se a vida de algum paciente correu risco pelo atraso.

Ainda segundo o “Seattle Times”, os passageiros ficaram mais preocupados com a questão do tempo, que poderia inviabilizar o uso do coração, do que com o atraso em sua própria viagem. Uma das pessoas que estavam a bordo, o médico Andrew Gottschalk disse que, após o choque inicial, todos foram compreensíveis por que se tratava de “salvar uma vida”.

Depois de três horas de voo, o avião pousou em Seattle, segundo um comunicado assinado pelo porta-voz da Southwest Airlines, Dan Landson, e a “carga vital” foi desembarcada. Ele explicou que a companhia decidiu que a aeronave deveria retornar porque era “absolutamente necessário entregar a remessa ao seu destino o mais rápido possível”.

A empresa aérea não divulgou o nome de quem despachou o coração, informando apenas que era uma companhia especializada em remessas que são “essenciais para a vida”, o que pode significar órgãos para transplante, medicamentos ou equipamentos especiais para tratamentos de urgência.

O jornal também não conseguiu identificar qual hospital de Seattle seria o destino do coração. O transporte de órgãos em aviões comerciais é raro, e na maioria das vezes as viagens são feitas em voos particulares justamente para que o material chegue dentro do tempo limite.

Por G1

 

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