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Venezuelanos enfrentam filas para sacar nova moeda

Após corte de cinco zeros, moeda local passa a se chamar bolívar soberano

21 AGO 2018 - 14h:20 Por Redação/OJ
Clientes fazem fila do lado de fora de agência bancária em Maracaibo, na Venezuela, para obter notas da nova moeda Clientes fazem fila do lado de fora de agência bancária em Maracaibo, na Venezuela, para obter notas da nova moeda - (Foto: AP Photo/Fernando Llano)

As agências bancárias da Venezuela amanheceram com filas do lado de fora nesta terça-feira (21), com a corrida da população para obter notas da nova moeda local, após a entrada em vigor do pacote econômico, que entre outras medidas cortou 5 zeros da moeda local, que mudou de nome para bolívar soberano.

Entre domingo e a tarde de segunda-feira (20), os serviços bancários online e os caixas eletrônicos pararam de funcionar na Venezuela para adequar o sistema monetário do país às mudanças.

O bolívar soberano terá 8 notas diferentes e duas moedas metálicas. A maior nota será de 500 bolívares (cerca de US$ 7 no mercado negro). A reforma monetária é uma tentativa de controlar a hiperinflação no país, que segundo projeção do FMI (Fundo Monetário Internacional) deverá chegar a 1.000.000% neste ano.

º Moeda da Venezuela tem corte de cinco zeros; entenda as mudanças

O conjunto de medidas para tentar conter a hiperinflação inclui também a vinculação do bolívar soberano a uma criptomoeda lastreada em suas reservas de petróleo, a abertura de um maior número de casas de câmbio e promessas de gastar menos e arrecadar mais para reequilibrar as finanças.

Para o governo de Maduro, as causas da hiperinflação estão relacionadas à "guerra econômica" provocada pelos constantes aumentos pelos Estados Unidos de suas tarifas de importação e à "oligarquia", a quem o presidente acusa de práticas de contrabando e especulação para inflar os preços.

Opositores e analistas afirmam que a raiz da crise está ligada à má gestão de Maduro e que as medidas anunciadas por Maduro não vão aliviar a hiperinflação que assola a nação.

Outro agravante é a falta de financiamento internacional. A produção de petróleo - fonte de 96% das receitas - desabou de 3,2 milhões de barris diários em 2008 a 1,4 milhão em julho passado, enquanto que o déficit fiscal se aproxima dos 20% do PIB, segundo consultoras privadas.

Fonte: G1/globo

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