Sonora MS

Em Sonora, suspeito de executar dono de pizzaria era procurado em Mato Grosso por outro homicídio

Rapaz de 21 anos, apontado como executor de empresário de Sonora, tem vasta ficha criminal

22 JAN 2024 - 10h:51 Por Redação/EC
Cartaz de procurado divulgado pela polícia de MT. Cartaz de procurado divulgado pela polícia de MT. - Foto: Divulgação

Rhariston Alves de Souza, de 21 anos, conhecido como "Sem Fronteiras", que morreu após troca de tiros com a PM (Polícia Militar) em Sonora, na tarde deste domingo (21), era procurado pela polícia de Mato Grosso. 

Rhariston é apontado como o homem que executou por engano Tiago Valdecir Sandrin, de 37 anos, proprietário da Lanchonete e Pizzaria do Sandrin, na noite de sábado (20).

Entre os crimes listados no nome de Rhariston estão: homicídio, associação criminosa e roubo. O último crime cometido, antes de seguir para Sonora, foi um assalto contra uma autopeças, na cidade de Rondonópolis (MT). 

Na ocasião, dia 16 de janeiro, funcionários da empresa foram surpreendidos por três suspeitos, dois armados, que os mantiveram em cárcere privado enquanto tentavam fazer transferências via Pix dos aplicativos das vítimas. Além disso, os criminosos roubaram dinheiro em espécie, joias e os aparelhos celulares.

Na quinta-feira (18), dois homens de 18 anos foram presos pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos, em Rondonópolis, mas Rhariston já havia fugido para Mato Grosso do Sul. A polícia local divulgou, inclusive, um cartaz de procurado para encontrá-lo.

Entenda - Rhariston é apontado como o executor de Sandrin, na noite deste sábado (20), na cidade de Sonora. Ele chegou no local na garupa de uma motocicleta, aparentemente de cor azul, foi direto ao caixa e disparou diversas vezes contra Tiago. Na sequência, saiu efetuando vários disparos para cima e fugiu com o comparsa.

Conforme as informações da polícia, Tiago foi morto por engano. O alvo era um de seus funcionários, que teria envolvimento com facção criminosa. Pouco antes do ataque, a vítima havia assumido o caixa, em razão de o responsável pelo setor estar em outro cômodo.

Após o homicídio de Sandrin, a PM de Sonora, Força Tática de Coxim e Polícia Civil local intensificaram as diligências pelos suspeitos. Nesta manhã, receberam informações sobre movimentação estranha em um imóvel da Rua Buritis, no Centro de Sonora. A informação era de que os dois suspeitos pela execução de Sandrin estavam no imóvel.

Além da moto usada no crime ter sido vista na casa da Rua Buritis, a polícia também percebeu nas imagens da câmera de segurança no entorno da pizzaria que um carro preto prestava apoio aos executores, fato que também contribuiu para a elucidação do homicídio. A moto foi encontrada em outro imóvel utilizado pela facção.

Troca de tiros - Diante das diligências e informações recebidas, os policiais cercaram a Rua Buritis. Equipes se dividiram pela frente e fundos do imóvel. Em uma varanda aos fundos, estava "Sem Fronteiras", que disparou uma pistola 9 mm (milímetros) contra os policiais. No revide feito pela PM, ele foi atingido e, mesmo socorrido, não resistiu e morreu no hospital.

A arma que ele utilizou contra os policiais foi a mesma usada no crime da pizzaria. Um dos presos que estava dentro do imóvel confessou que conduziu a moto até a pizzaria na noite de sábado e "Sem Fronteiras" atirou em Sandrin.

Na casa, a polícia encontrou: 240 munições calibre 9 mm (milímetros); duas calibre 22; 18 calibre 12, além de duas pistolas 9 mm e uma arma calibre 12. Também foram encontrados: R$ 4,5 mil em dinheiro, 112 gramas de maconha, 12 gramas de cocaína e 459 gramas de pasta base. Cinco pessoas foram levadas para a delegacia, entre elas dois menores de idade.

Segundo o delegado de Sonora, Murilo Jorge Vaz Silva, Rhariston estava morando no imóvel junto com comparsas, todos ligados à facção criminosa CV (Comando Vermelho), que desencadeou uma guerra contra o PCC (Primeiro Comando da Capital) pelo domínio do tráfico de drogas em Sonora. Ainda, de acordo com o delegado, os integrantes matariam outro rival nos próximos dias. As investigações continuam. 

Dayene Paz/campograndenews

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