A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro), deflagrou, na manhã desta sexta-feira (24), a segunda fase da Operação Infância Violada, que tem como alvo o combate à pedofilia na capital federal.
Cinco pessoas foram presas, acusadas de armazenar conteúdos pornográfico envolvendo crianças e adolescentes. Segundo o Metrópoles apurou, entre os detidos, estão um oficial do Exército e um servidor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Foram cumpridos, ao todo, nove mandados de busca e apreensão, com cinco flagrantes, ocorridos na Asa Norte, na Vila Planalto, em Águas Claras, no Gama e em Santa Maria. A ação não tem relação com a prisão do pedófilo do DF detido na quarta-feira (22), no Maranhão.
Um dos mandados expedidos tem como alvo um militar, oficial do Exército Brasileiro, morador da Asa Norte. Ele é suspeito de armazenar e compartilhar vídeos e fotos de crianças em situação de vulnerabilidade sexual.
Outro agente público seria servidor do CNJ. Este, é acusado de fazer downloads de conteúdo semelhantes, mas não repassava adiante.
Por meio de nota, o CNJ disse que “desconhece os fatos”. Segundo o conselho, “tão logo informado pelas autoridades competentes, o CNJ irá tomar as medidas funcionais cabíveis”.
O Metrópoles entrou em contato também com o Exército, mas até a última atualização da reportagem, a entidade não havia se posicionado sobre as prisões.
De acordo com Ricardo Viana, delegado à frente das investigações na 3ª DP (Cruzeiro Velho), a Polícia Civil investiga os supostos pedófilos há quatro meses.
“Temos equipe de perícia junto com agentes nas residências para averiguar os flagrantes, como vídeos e fotos”, detalhou o investigador
Viana explica que a PCDF chegou aos suspeitos após o rastreamento de IPs utilizados para fazer download dos conteúdos ilegais.
“Muitas pessoas emprestam a senha da internet para um vizinho. Às vezes, chegamos até o local e não encontramos nada, mas a pessoa estava utilizando aquela rede para baixar arquivo de pedofilia”, explica o delegado
Até a última atualização da matéria, os investigadores da PCDF ouviam as pessoas presas na operação.
Fonte: Metrópoles - Ana Karolline Rodrigues, Carlos Carone e Rafaela Felicciano