COLUNA

Valdir Silva

A última sinfonia de uma orquestra morta

30 AGO 2017 - 08h:00 Por Valdir Silva

Esse seria um bom título para descrever a situação de Coxim.

São vários os motivos para a marcha fúnebre do nosso município. No contexto geral, a situação é de um país que está indo de ladeira abaixo e para se justificar, o Governo assume o friozinho na barriga e diz que adora a adrenalina da descida desenfreada.

No contexto local, temos uma Administração que ainda não encontrou um meio de administrar a tão falada "crise" que se tornou um argumento muito providencial para justificar a ineficiência de uma administração que não funciona.

No município não se viu até o momento uma liderança que seja capaz de uma articulação para formar um consenso ou uma coalizão de ideias para encontrar soluções razoáveis para os problemas urgentes de resoluções. Não há sequer uma voz que mereça credibilidade, pois a exemplo de animais ferozes querem a todo custo demarcar território.

Na falta da resolutividade brigam por qualquer coisa. Mobilizam energia em discussões que só interessam a grupos políticos desejosos de poder enquanto a população, por exemplo, levanta as duas da manhã para marcar uma consulta com médico ortopedista. Chega a ser desumano essas discussões enquanto a população sofre por questões de organicidade e eficiência do Poder Público.

Há pessoas parasitando na estrutura do Poder Público como carrapatos a sugar impiedosamente até última gota de sangue de seu hospedeiro. Os carrapatos municipais existem camuflados na condição de servidores públicos e, para piorar, ainda tem gente que acha gostosa a coceirinha que eles deixam após nos sugar.

Estamos politicamente adoecidos com diagnóstico de morte. Por isso, é razoável o título desse triste enredo pantaneiro: a última sinfonia de uma orquestra morta, uma orquestra sem maestro.

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