COLUNA

Valdir Silva

Saímos da frigideira para cair no fogo

7 SET 2017 - 17h:13 Por Valdir Silva

Na data de hoje, 07 de setembro, comemora-se a Independência do Brasil. Certos ou não das informações historiográficas, há muito tempo atrás Dom Pedro I bradou, às margens do riacho do Ipiranga, o grito que daria a independência ao Brasil. Até hoje o grito "independência ou morte" ecoa numa pátria que até agora só percebeu dependência para quase tudo. Não sei se agradeço ou praguejo D. Pedro I, pois nos livramos dos portugueses para cair nas piores das mãos: a dos próprios brasileiros. Os brasileiros, sobretudo a classe política, se arvoraram do poder com a mesma instiga de um usuário de crack perambulando na cracolândia. São capazes de assaltar a própria mãe (o Brasil) para saciarem a sede de poder. Na grande suruba que se tornou a política, a imprensa (parte dela, pelo menos) se comporta como garotas de programa à espera dos "clientes", geralmente políticos, para juntos praticarem a grande sacanagem com a nossa cara. O sexo entre eles - política e imprensa - é tão intenso que todos "se f...".

Nós brasileiros estamos quase afônicos, roucos de tanto gritar "independência ou morte" e a classe política nos olha e dá seu veredito: "morte". Com os grilhões pesando sobre o corpo vai, aos poucos, nos matando com alta carga tributária, inflação corrosiva do salário que já é mínimo, com práticas de corrupção, enfim com as malas dos "malas". Nessa marcha para a morte o Brasil, com seu pernicioso "jeitinho brasileiro", comete suicídio social ao se colocar nas mãos de políticos que em nada se importa a não ser seu próprio bolso, seus interesses de perpetuação no poder. Acorrentados e mesmo amordaçados, em meio a cachorrada política, a gente também vai latindo "independência ou morte", mas sempre há alguém para nos mandar "vai deitar". E como o brasileiro é acostumado a "deitar em berço esplêndido", vai abanando o rabo esperar a próxima eleição.

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