Trabalho desanima, mas intenção de consumo é maior

Foto: Gérson Oliveira/ Correio do Estado

Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) da Fecomércio divulgou o oitavo aumento seguido desde maio de 2021. O índice saltou de 82,5 naquela ocasião para 97,3 pontos em janeiro deste ano. foram quase dois pontos em relação a dezembro de 2021, quando a pesquisa apresentou 95,5 pontos. 

Mesmo com negatividade na perspectiva profissional e de consumo com variação mensal de -2,1% e -0,7%, respectivamente, as famílias pesquisadas entendem que o momento melhorou em relação à contratação de crédito, 2,7%, percepção de renda, 1,6%, nível de consumo atual, 7,8%, e momento para compra de bens duráveis,11,4%. 

Conforme a economista Regiane Dedé de Oliveira, as promoções de começo de ano podem ter contribuído para o aumento da intenção de compra de bens duráveis, essa categoria diz respeito aos eletrodomésticos, geladeiras, móveis e afins.

“O impacto na inflação no orçamento, as condições de crédito e o comprometimento da renda das famílias serão importantes para definir o comportamento de consumo para os próximos meses”, alerta. 

De forma geral, o cenário parece estar melhorando no país apesar da circulação da covid-19 e o aumento de casos. Presidente do Instituto de Pesquisa da Fecomércio MS (IPF-MS), Edison Araújo, avalia que “ainda que a nova variante tenha estabelecido a retomada de medidas de biossegurança, o elevado índice de vacinação e retomada dos níveis de empregos e da atividade econômica sustentam o retorno gradual do consumo”, finaliza.

Como um dos principais indicadores de aferição do consumo, o ICF é o balizador para entender o processo pré-aquisição, o momento anterior ao consumo, a partir do ponto de vista dos consumidores. 

Ele investiga junto as avaliações que os consumidores fazem sobre sete itens: Emprego Atual, Perspectiva Profissional, Renda Atual, Facilidade de Compra a Prazo, Nível de Consumo Atual.  

O medidor tem como foco absoluto a avaliação que as famílias fazem exclusivamente sobre os aspectos que envolvem o orçamento doméstico e nível de consumo, presente e de curto prazo.

Correio do Estado MS - Rodrigo Almeida